Trump e Netanyahu se reúnem em Washington com foco em Gaza, tarifas e TPI

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, têm um novo encontro marcado nesta segunda-feira (07/04/2025), em Washington. Esta é a segunda vez que os dois se encontram desde que Trump voltou à Casa Branca, em janeiro deste ano.
Segundo uma autoridade israelense, a reunião está prevista para as 14h (horário de Brasília). Netanyahu, que embarcou para os EUA após passar por Budapeste, disse que o convite partiu diretamente de Trump. “Vamos discutir os reféns, a vitória em Gaza e também o regime tarifário imposto a Israel. Espero contribuir com isso”, declarou o premiê antes da viagem.
Tarifas e tensões diplomáticas
Na última semana, a gestão Trump implementou uma tarifa de 17% sobre produtos importados de Israel, o que aumentou a tensão entre os países aliados. A medida será um dos pontos centrais da conversa entre os dois líderes.
Além disso, o encontro abordará temas delicados como as relações entre Israel e Turquia, a postura frente ao Irã, e a reação israelense às recentes decisões do Tribunal Penal Internacional (TPI).
O TPI emitiu recentemente um mandado de prisão contra Netanyahu, acusando o premiê de envolvimento em crimes de guerra cometidos na Faixa de Gaza. Israel tem rebatido duramente a decisão. Em seu giro diplomático pela Hungria, Netanyahu elogiou o país por deixar o TPI e reforçar o apoio a Israel em fóruns internacionais. “A Hungria é uma grande aliada: nos defende na União Europeia, nas Nações Unidas e também contra o corrupto Tribunal Penal Internacional em Haia”, afirmou.
Promessas controversas e repercussão internacional
O último encontro entre Trump e Netanyahu, realizado em fevereiro, teve forte repercussão após declarações polêmicas. Na ocasião, o presidente americano afirmou que os Estados Unidos “assumiriam” a Faixa de Gaza e se responsabilizariam por seu desenvolvimento. “Faremos um trabalho com ela também. As mesmas pessoas não devem reconstruí-la”, declarou.
Trump também voltou a sugerir o reassentamento de palestinos em outros territórios, ideia que levantou críticas e preocupações entre líderes internacionais e especialistas em direitos humanos. Netanyahu, presente na coletiva, evitou controvérsias e afirmou que a proposta merecia atenção.
Com o cenário diplomático cada vez mais delicado, a reunião desta segunda-feira promete reverberar no tabuleiro internacional — especialmente diante do avanço da ofensiva em Gaza e da pressão crescente sobre líderes israelenses em tribunais internacionais.
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