Mais de 60 mil palestinos morreram desde o início da ofensiva em Gaza
Grandes taxas de fome, desnutrição e doenças agravam número de vítimas no território
O risco de fome generalizada em Gaza atingiu nível crítico, alertou nesta terça-feira (29/07/2025) a Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC), órgão internacional que monitora crises alimentares. A entidade pediu fim imediato dos combates e acesso desimpedido à ajuda humanitária, sob o risco de morte em massa.
O alerta ocorre enquanto o Ministério da Saúde de Gaza informou que a campanha militar israelense já matou mais de 60 mil palestinos. Segundo o IPC, 470 mil pessoas enfrentam condições semelhantes à fome, incluindo 90 mil mulheres e crianças que precisam de nutrição especializada. O território registrou 147 mortes por inanição, sendo 88 crianças, nas últimas semanas.
Apesar de Israel ter anunciado pausas humanitárias diárias e novos corredores de acesso, o volume de suprimentos segue muito abaixo do necessário. O IPC calcula que 62 mil toneladas de alimentos deveriam entrar em Gaza mensalmente, mas os números oficiais israelenses apontam entrada de apenas 19,9 mil toneladas em maio e 37,8 mil em junho.
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) informou que não tem estoques ou autorizações para reabrir padarias e cozinhas comunitárias, essenciais antes do bloqueio total imposto em maio. Imagens de crianças severamente desnutridas têm intensificado críticas internacionais à política israelense.
Israel nega que haja fome no território e afirma ter permitido a entrada de 5 mil caminhões de ajuda nos últimos dois meses. O governo responsabiliza o Hamas, que controla Gaza, por colocar civis em risco e rejeitar acordos de rendição.
Segundo o IPC, ações urgentes para encerrar as hostilidades e ampliar o acesso humanitário são o único caminho para evitar que o cenário evolua para uma catástrofe de mortes em larga escala.
Portal SBN | Com informações | CNN Brasil