O conservador Friedrich Merz foi eleito chanceler da Alemanha nesta terça-feira (06/05/2025), após superar um revés incomum na primeira tentativa de votação parlamentar. Com 69 anos e uma trajetória iniciada no Parlamento Europeu em 1989, ele assume o governo pela primeira vez, marcando uma virada histórica no cenário político alemão.

Merz havia sido derrotado na primeira rodada de votação — um episódio raro na política do país desde o pós-guerra — mesmo com o apoio da coalizão formada entre seu bloco conservador CDU/CSU e os sociais-democratas de centro-esquerda. A falha inicial foi considerada um constrangimento para o novo líder, que prometeu impulsionar o crescimento econômico e retomar a confiança no poder executivo.

Agora eleito, Merz sinaliza mudanças profundas. O novo gabinete, composto majoritariamente por nomes vindos do setor privado, exclui quase todos os ministros da gestão anterior — com exceção do ministro da Defesa, Boris Pistorius, que permanece no cargo. Entre as promessas da nova administração estão a redução de impostos corporativos, o corte nos preços da energia e um compromisso com o fortalecimento da defesa e do apoio à Ucrânia.

A aliança CDU/CSU venceu as eleições federais de fevereiro e, mesmo diante da resistência inicial, conseguiu consolidar sua liderança com a confirmação de Merz no segundo turno. O episódio também gerou reações da oposição: líderes da ultradireita já pressionam por novas eleições, alegando instabilidade no governo recém-formado.

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