Primeiro sinal de demência não é a perda de memória diz especialista

Um médico norte-americano apontou aquele que considera ser o “sinal mais precoce” de demência e da doença de Alzheimer, classificando-o como um “sintoma claro e revelador” de declínio cognitivo. Segundo o neurologista Stephen Cabral, apresentador do podcast The Cabral Concept, o indício mais evidente dessas doenças não é a perda de memória, mas a dificuldade em se orientar e a tendência a se perder com facilidade.
“O primeiro sinal de Alzheimer e demência é perder-se mais facilmente. Esse é o sintoma mais claro de que alguém pode, futuramente, desenvolver uma dessas condições cognitivas”, afirmou Cabral em um vídeo publicado nas redes sociais, citado pelo jornal Mirror.
De acordo com o especialista, esquecer nomes, compromissos ou onde se deixou as chaves é algo comum em pessoas estressadas ou com a rotina sobrecarregada. O que deve gerar preocupação, no entanto, é o momento em que a pessoa se sente desorientada, sem saber onde está ou como chegou a determinado local. “Isso é diferente de simplesmente não conseguir lembrar de algo. É um sinal de perda de referência espacial e pode indicar alterações neurológicas precoces”, explicou.
Outro sintoma que Cabral associa ao início da demência é a perda de coordenação motora e de noção espacial, como a dificuldade para estacionar o carro em linha reta. “Se alguém antes conseguia estacionar sem dificuldade e passa a ter problemas até para seguir em frente na vaga, pode ser um alerta”, acrescentou o médico.
Principais sintomas de demência
Segundo o Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido, os sintomas mais comuns de demência incluem:
Perda de memória;
Dificuldade para aprender novas informações;
Esquecimento frequente de objetos ou tarefas cotidianas;
Falhas ao reconhecer pessoas próximas;
Alterações de humor, apatia e perda de interesse em atividades habituais;
Dificuldade para controlar emoções e perda de empatia;
Episódios de alucinação ou criação de falsas memórias.
Em estágios mais avançados, os pacientes costumam perder a autonomia, enfrentando dificuldades para realizar tarefas simples, como se alimentar, vestir-se ou manter a higiene pessoal.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), há cerca de 47,5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar a 75,6 milhões em 2030 e ultrapassar 135 milhões em 2050.
Alimentos que ajudam a prevenir a demência
Especialistas em neurologia ouvidos pela revista Parade destacam que uma alimentação equilibrada pode ajudar na prevenção do Alzheimer e de outras formas de demência. Entre os alimentos mais recomendados estão:
Salmão e peixes ricos em ômega-3;
Verduras e vegetais de folhas verdes;
Frutas vermelhas, especialmente mirtilos;
Fontes de proteína magra;
Aveia e grãos integrais;
Feijões e leguminosas;
Azeite de oliva extra virgem.