O impacto das despedidas e o que elas revelam sobre nossas relações

Portal SBN
Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

O impacto das despedidas e o que elas revelam sobre nossas relações

Motivacional - Despedida

A vida é feita de despedidas. Despedidas de fases, de lugares ou de pessoas.

Despedimo-nos do útero materno ao nascer, da infância ao crescer, da escola ao concluir o fundamental, o ensino médio, a universidade.

Despedimo-nos dos amigos que seguem caminhos diferentes, buscando países longínquos.

Algumas despedidas são temporárias. Outras, definitivas. Ou, ao menos, aos olhos terrenos, assim nos parecem.

O que todas elas têm em comum é que se constituem experiências que nos desafiam, que nos amadurecem, que nos conferem lições.

Se perguntarmos a uma mãe, ela poderá nos dizer que lhe foi difícil o momento de deixar o filho seguir o próprio caminho, no encalço dos seus sonhos.

Se indagarmos a um adolescente, que deixou o lar para o estudo longe de sua cidade, por vezes, do seu estado, ele dirá do quanto sentiu o afastamento dos pais, dos irmãos, do seu cantinho doméstico.

São dores da despedida, que podem ser intensas, por estarmos ligados por laços afetivos, por lembranças tão fortes que chegam a causar sintomas físicos.

Muitas vezes, o medo do adeus surge do apego ao que conhecemos e à incerteza do futuro.

No entanto, da mesma maneira como um viajante parte, mas mantém a lembrança daqueles que ama, a despedida não é o fim. A separação momentânea, de meses ou anos, sempre nos acena com o reencontro.

Porém, quando se fala da morte, a dor da despedida extrapola tudo que se possa imaginar.

Ainda vemos a morte como um adeus definitivo. Mesmo os que guardamos a certeza da vida que não morre, de que nossos amores prosseguem vivos, na Espiritualidade, sentimos imensamente a ausência física de quem se vai.

Por isso, sempre bom repetirmos para que assimilemos com profundidade a lição. A morte é a passagem para outro local.

Assim como viajamos e nos despedimos sem saber exatamente quando reencontraremos alguém, a morte é um intervalo entre dois encontros.

O amor que existe não se perde, apenas se transforma e se fortalece na espera desse reencontro. As lembranças dos momentos felizes vividos devem nos servir para manter acesa a suave lâmpada da saudade.

Não existe uma receita ou fórmula mágica que nos libere da dor da despedida pela morte. No entanto, alguns gestos, algumas atitudes podem amenizá-la.

Podemos focar na gratidão pelos dias ou anos de convivência, em vez de focar na perda. Lembrar dos momentos alegres e de felicidade ao lado da pessoa amada, e não apenas a tristeza da sua partida.

Ter em mente que haverá um reencontro em breve ou em dias distantes. Enviar pensamentos de afeto a quem se foi, para que ele também possa se sentir aconchegado.

O ciclo da vida é feito de encontros e reencontros, como um grande roteiro divino que nos renova oportunidades de aprendizado.

E preparemos os que conosco convivem para o dia da nossa partida. Porque ele chegará. Então, reencontraremos aqueles que nos precederam na viagem da vida.

Igualmente haveremos de nos despedir daqueles que ficarem. Que os deixemos bem, tendo trabalhado neles a ideia de que a despedida é temporária.

Não se trata de um final. Apenas uma pausa no caminho.

Redação do Momento Espírita.
Em 29.4.2025.

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