Mestre, segundo os dicionários, é aquele que ensina uma arte ou ciência.

Ou uma pessoa de destaque, cuja obra serve de modelo para as gerações posteriores.

Mestres deixam legados, deixam marcas profundas por onde passam.

Por isso, despedirmo-nos de nossos mestres, mesmo que seja para um até breve, pensando na imortalidade da alma, não é nada fácil.

O mundo do efêmero torna essas despedidas, por vezes, rasas demais. As mídias relatam como mais uma notícia e logo partem para outra.

Como homenagear? Como assinalar o final do ciclo de uma existência de grande importância no planeta? Como manter o legado sem permitir que seja esquecido logo mais?

Nossos mestres merecem ser lembrados sempre.

Não querem louros, não querem o aplauso da vaidade. Só desejam que sua mensagem permaneça.

Aliás, eles costumam dizer-se mensageiros, portadores de algo que nem mesmo lhes pertence. São apenas instrumentos.

Em treze de maio de dois mil e vinte cinco, despedimo-nos de Divaldo Pereira Franco, que passou noventa e oito anos na Terra.

O Semeador de estrelas deixou um legado impressionante.

Além das mais de duzentas e sessenta obras mediúnicas, das mais de vinte mil conferências, por duas mil e quinhentas cidades de setenta e um países, edificou uma obra de profundo significado humanitário: a Mansão do Caminho.

Ao lado de Nilson de Souza Pereira, construiu uma cidade de amor num dos bairros mais pobres da grande Salvador.

As primeiras crianças que chegaram, pelos idos de 1952, foram adotadas como filhos. Cada criança, uma história de vida, um coração tocado e modificado pela proposta do amor.

Foram mais de seiscentas e cinquenta. Será que temos ideia do que isso representa?

No ano de 2005, Divaldo recebeu o título de Embaixador da Paz do Mundo, em Genebra, na Suíça.

Ao longo de sua vida, foram oitocentos e cinquenta os títulos e reconhecimentos, todos recebidos com muita discrição.

Bons alunos são aqueles que reconhecem o valor dos seus mestres e aprendem com eles.

Não são apenas admiradores, fãs ou colecionadores de datas e números.

A mais bela despedida, a mais bela homenagem que nós, os estudantes sem luz, podemos lhes fazer, é preservar o legado e lhe dar continuidade.

Divaldo havia cunhado, nos últimos tempos, uma bela máxima: Vale a pena amar!

Uma alma que convivia com outros tantos mestres da Espiritualidade, a quem serviu com sua voz e com sua pena.

Uma ponte entre dois mundos, um hífen de luz, mostrando-nos diariamente a realidade da vida que nunca morre.

Que possamos refletir, voltando-nos para dentro de nós mesmos, e seguir adiante em nosso plano de amor na face da Terra.

Que honremos esse mestre que partiu com nossa persistência diante das dificuldades. Que permaneçamos conectados com o bem, respirando ares de Espiritualidade superior.

Que demonstremos, em palavras e atos, que aprendemos várias das suas lições, que são as próprias de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Excelso Mestre.

Redação do Momento Espírita
Em 4.8.2025