A beleza de fazer o bem sem esperar nada em troca

Colhemos o depoimento em uma rede social, sem menção de autoria.
Quem quer que tenha compartilhado essa sua experiência é uma pessoa feliz. O relato é mais ou menos assim.
Num domingo de sol, foram ao circo Nilson e seu filho adolescente. Na fila, à sua frente, estava uma família de dez pessoas.
Eram oito crianças. Roupas muito simples denotavam que não deviam possuir muito dinheiro.
Comportadas, duas a duas, de mãos dadas, atrás dos pais. Tagarelavam, excitadas, a respeito dos palhaços, dos trapezistas, dos animais e tudo o que veriam naquela tarde, no espetáculo circense.
Pela empolgação deles, podia-se perceber que nunca haviam ido ao circo.
A mãe segurava a mão do marido, olhando para ele como se dissesse: Você é meu cavaleiro de armadura brilhante.
Ele sorria, feliz por ver a felicidade da sua família.
Chegado ao guichê, pediu: Quero oito ingressos para crianças e dois para adultos.
A funcionária indicou o preço. A esposa do homem largou sua mão, sua cabeça caiu, os lábios dele começaram a tremer.
Ele se inclinou um pouco mais perto e perguntou, como se imaginasse ter ouvido mal: Quanto você disse?
A senhora da bilheteria voltou a falar o valor. Ele não tinha dinheiro suficiente. Ficou parado, sem reação, tentando descobrir como diria isso aos seus filhos.
Vendo o que estava acontecendo, Nilson enfiou a mão no bolso, tirou uma nota de vinte reais e a jogou no chão. Então, tocou de leve o ombro do pai à frente e informou: Com licença, senhor, isso caiu do seu bolso.
O homem entendeu. Ele não estava implorando por uma esmola, mas certamente apreciou a ajuda naquela situação dolorosa e constrangedora.
Olhou direto nos olhos do benfeitor, pegou a mão dele entre as suas, apertou com força a nota de vinte reais e, com uma lágrima escorrendo pelo rosto, respondeu:
Obrigado, obrigado, senhor. Isso realmente significa muito para mim e minha família.
Então, Nilson e seu filho deixaram a fila, voltaram para o carro e foram para casa.
O dinheiro doado era exatamente aquele com o qual seriam adquiridos os ingressos para eles desfrutarem do espetáculo.
Anos mais tarde, ao postar essa sua experiência de vida, escreveu aquele filho: Embora não tenhamos conseguido ver o circo naquela tarde, nós dois sentimos uma alegria dentro de nós muito maior do que ver qualquer espetáculo. Naquele dia, aprendi o valor de dar.
* * *
A alegria de dar é um sentimento que vai muito além de qualquer bem material, uma emoção que se manifesta de formas diversas e poderosas.
Quando doamos, nutrimos a própria alma.
Pensemos em como nos sentimos quando recebemos algo inesperado e carinhoso. Multipliquemos essa sensação maravilhosa pelo sentimento de propósito e realização que vem de ser a fonte dessa alegria para outra pessoa.
É gratificante e nos lembra da nossa capacidade inata de conexão humana.
Dar nos convida a enxergar o mundo com mais empatia e compaixão.
Descubramos essa magia calorosa.
Redação do Momento Espírita
Em 6.8.2025