Saúde debate estrutura da regional de Colatina
Os valores referenciados pela Tabela SUS e pela Tabela SUS CapixabaA oferta de serviços pela Superintendência Regional de Saúde de Colatina, que abrange a região central do Estado, foi pauta na reunião da Comissão de Saúde desta terça-feira (27). Essa regional é responsável por atender uma população de mais de 543 mil em 15 municípios: Águia Branca, Alto Rio Novo, Baixo Guandu, Colatina, Governador Lindenberg, Linhares, Mantenópolis, Marilândia, Pancas, Rio Bananal, São Domingos do Norte, São Gabriel da Palha, São Roque do Canaã, Sooretama e Vila Valério.
De acordo com a superintendente regional de Saúde de Colatina, Maricelis Caetano Engelhardt, o acesso ambulatorial corresponde a 67,25% de solicitações realizadas, entre as mais de 178 mil feitas no último ano. São ofertados 62 tipos de exames contratualizados pela superintendência e oferecidos 167 itens de agendamento de consultas.
Atualmente, as especialidades médicas com maior número de atendimentos são dermatologia, otorrinolaringologia, urologia e neurologia. Já os principais exames ofertados são audiometria, cintilografias, ressonância magnética e ultrassonografias.
Fotos da reunião da Comissão de Saúde
Dificuldades
Um dos principais desafios apontados pela gestora é garantir a regionalização dos serviços. Para evitar o deslocamento de pacientes para outros municípios, a superintendência trabalha para identificar e credenciar prestadores que possam oferecer os serviços de saúde necessários.
No entanto, Maricelis Engelhardt disse que há resistência de prestadores em aceitar os valores referenciados pela Tabela SUS e pela Tabela SUS Capixaba. “Nem sempre é algo simples, muitas vezes encontramos prestadores na região, mas que não aceitam o que é pago. É um trabalho constante, um grande desafio, que envolve a secretaria de estado juntamente com a superintendência para que a gente possa atender o cidadão mais próximo de sua residência”, explicou.
Outro entrave apontado pela superintendência é o alto número de não comparecimento de pacientes a consultas e procedimentos agendados. Em 2022, entre consultas e exames, foram 16 mil faltas. A especialidade de oftalmologia foi a que apresentou maior pico de usuários faltantes às consultas.
“Quando um paciente não chega, aquela fila que a gente está trabalhando para diminuir deixa de atender outro paciente. Esse absenteísmo se apresenta de uma forma muito gritante que nos gera grande preocupação”, afirmou a gestora.
O presidente da comissão, deputado Dr. Bruno Resende (União), comentou que essas questões são sistêmicas e já foram apontadas por gestores de outras superintendências regionais. O parlamentar falou ainda da importância de gerir com eficiência os recursos aplicados na área da saúde. “Tempos um estado com um dos maiores investimentos em saúde no país. Obviamente, a saúde sempre precisará de melhorias e evolução. Nosso papel é garantir que os recursos sejam empregados com adequação”, concluiu.
Portal SBN