Câmara mantém gasto de R$ 400 mil/mês com gabinetes de Ramagem, Zambelli e Eduardo Bolsonaro

Portal SBN
Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

Câmara mantém gasto de R$ 400 mil/mês com gabinetes de Ramagem, Zambelli e Eduardo Bolsonaro

Legislativo - Despesas

A manutenção dos gabinetes de Alexandre Ramagem, Carla Zambelli e Eduardo Bolsonaro continua gerando despesas à Câmara dos Deputados, embora os salários e as cotas parlamentares dos três tenham sido suspensos ao longo do ano. As equipes seguem ativas em Brasília e somam 27 funcionários, com custo aproximado de R$ 400 mil mensais.

Cada deputado pode contratar até 25 servidores, dentro do limite de R$ 133.170,54, valor estipulado pela Câmara para remuneração de pessoal. Os vencimentos individuais chegam a R$ 18.179,88.

Ramagem, condenado pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal na segunda-feira (16/09/2025) a 16 anos e um mês de prisão por participação na trama golpista, recebeu seu último salário em setembro, no valor de R$ 46.366,19. Mesmo após o bloqueio da remuneração, ele ainda teve cota parlamentar paga em outubro, R$ 20.848,29, e em novembro, R$ 230,00. A cota cobre despesas como passagens aéreas, combustível, alimentação e aluguel de escritório político no estado.

No caso de Zambelli, o pagamento foi interrompido em maio. A deputada foi detida na Itália em julho, após deixar o Brasil passando pelos Estados Unidos. Em junho, o STF decretou o início do cumprimento da pena pelos crimes de falsidade ideológica e invasão do sistema de informática do Conselho Nacional de Justiça.

Eduardo Bolsonaro recebeu salário integral somente até março. O deputado se licenciou por 120 dias, período encerrado no dia 20/07. Em julho, ele registrou R$ 0,03 de cota parlamentar e, em agosto, R$ 1 em valores residuais. Diferentemente dos outros dois, Eduardo não tem condenação, mas se tornou réu na semana passada, acusado de articular sanções ao Brasil e a autoridades brasileiras.

A permanência dos três nos mandatos depende do atingimento do limite de faltas previsto no regimento. Cada parlamentar precisa comparecer a pelo menos um terço das sessões. A projeção interna indica que a perda automática de mandato, caso ocorra, deve acontecer apenas em 2026. O precedente mais recente é o de Chiquinho Brazão, afastado em abril após ultrapassar o número de ausências permitidas.

O Legislativo tende a seguir o rito estabelecido pela Constituição, que prevê análise da Comissão de Constituição e Justiça antes da votação no plenário. A perda de mandato por faltas aparece, internamente, como alternativa menos conflituosa diante das disputas entre os Poderes.

Portal SBN | Com informações | CNN Brasil

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