A aquisição de um bem duradouro, como um veículo automotor, é uma decisão importante na vida de qualquer consumidor. Espera-se que o produto adquirido atenda às expectativas de qualidade, desempenho e durabilidade. No entanto, a empresária de Teixeira de Freitas, no estado da Bahia, vivenciou uma situação frustrante após a compra de um Renault Kwid Zen 1.0 MT modelo 2020/2021 na concessionária Rodrigão Veículos, localizada em Serra, Espírito Santo.

Desde o primeiro dia de uso, o automóvel apresentou diversos problemas técnicos, incluindo vazamentos e outras falhas mecânicas. Apesar de ter sido submetido a cinco intervenções, o problema persistia, com o surgimento constante de luzes de alerta no painel do veículo. Mesmo com a indicação de um mecânico de confiança de que a solução envolveria a abertura do motor, a concessionária parece ter adotado uma estratégia de procrastinação, deixando que o prazo legal de garantia do consumidor expirasse sem uma resolução efetiva.

Diante dessa situação, a proprietária do veículo buscou soluções amigáveis, propondo a troca do automóvel ou a devolução do valor pago. No entanto, a concessionária mostrou-se inflexível, negando-se a assumir a responsabilidade pelo produto vendido com problemas.

Essa postura da empresa gerou uma escalada do conflito, com a proprietária sendo forçada a recorrer a medidas legais, como a notificação extrajudicial e o ajuizamento de ação por danos morais e emocionais, além da reparação das perdas e prejuízos.

O caso da empresária de Teixeira de Freitas serve como um alerta para todos os consumidores que buscam realizar aquisições de bens duráveis. É essencial que as empresas comercializadoras de produtos assumam a responsabilidade pela qualidade e pelo desempenho dos itens vendidos, respeitando os direitos do consumidor e sua legítima expectativa de satisfação.

A recusa em resolver problemas de forma ética e célere não apenas viola os direitos do consumidor, mas também afeta a reputação e a credibilidade da empresa no mercado.

Espera-se que, com a intervenção da Justiça, a situação da empresária seja devidamente solucionada, de modo a garantir a efetiva reparação dos danos sofridos e a restauração de sua confiança como consumidora. Esse caso serve como um lembrete importante de que o comprometimento das empresas com a qualidade de seus produtos e o atendimento ao consumidor são fundamentais para a construção de relações de confiança e a manutenção de um mercado saudável.

Após a notificação extrajudicial enviada pela proprietária, a concessionária respondeu com uma contranotificação através de seu advogado, Jorge Ribeiro, inscrito na OAB/ES sob o nº 35.036. Nesta resposta, a empresa alegou que os problemas eram devido à falta de manutenção ou desgaste natural, não reconhecendo a responsabilidade pelo veículo vendido com problemas.

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