Maria Elena presa em ato golpista recebeu doação de Magno Malta na campanha eleitoral

Portal SBN
Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

Maria Elena presa em ato golpista recebeu doação de Magno Malta na campanha eleitoral

Maria Elena foi candidata a deputada estadual pelo PL no Espírito Santo em 2022.
Justiça - Brasília

Maria Elena Lourenço Passos está entre as mais de mil pessoas presas em flagrante em Brasília por participação nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Na ocasião, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram as sedes dos Três Poderes e incitaram as Forças Armadas a perpetrarem um golpe para derrubar o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Maria Elena foi candidata a deputada estadual pelo PL no Espírito Santo em 2022. Recebeu 558 votos e ficou na suplência, mas beeem lá atrás. Há 17 suplentes na frente dela.

Ao todo, Maria Elena contou com R$36.511,00 para fazer campanha, como mostra o DivulgaCand, site oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Desse montante, R$ 30 mil vieram da direção nacional do PL. Outros R$ 6,5 mil foram doados pela campanha de Magno Malta.

Magno é o presidente estadual do PL. Ele foi eleito senador pelo Espírito Santo.

Não há ilegalidade na doação. Pessoas físicas podem repassar valores a candidatos e o CNPJ de um candidato também pode fazer o mesmo por outro. 

O valor doado por Magno a Maria Elena, entretanto, é mais um registro de proximidade do senador com radicais bolsonaristas que atacam as instituições democráticas.

O próprio senador eleito fez reiterados ataques verbais a ministros do Supremo Tribunal Federal. E é réu em ação na Corte, acusado de calúnia e difamação contra Luís Roberto Barroso.

A coluna também já revelou que Magno convidou, em 2018, o blogueiro bolsonarista Wellington Macedo para falar na CPI dos Maus-Tratos, no Senado, como colaborador. E apoiou um evento coordenado por ele, a Marcha da Família Cristã pela Liberdade.

Macedo é réu na Justiça do Distrito Federal, acusado de participar da instalação de uma bomba em um caminhão-tanque em Brasília no dia 24 de dezembro de 2022. Ele esteve acampado em frente ao quartel do Exército, onde o plano de explosão surgiu.

O objetivo, de acordo com o Ministério Público, era causar comoção para que um estado de sítio fosse decretado, com intervenção das Forças Armadas, para impedir a posse de Lula.

O PSOL pediu ao Supremo a inclusão de Magno entre os investigados por estimular os atos antidemocráticos. O senador, já diplomado, rechaçou os episódios de vandalismo nas sedes dos Três Poderes e negou ter feito qualquer incitação. 

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