Gripe aviária no Espírito Santo: autoridades reforçam vigilância e descartam riscos para humanos

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Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

Gripe aviária no Espírito Santo: autoridades reforçam vigilância e descartam riscos para humanos

Legislativo - Precaução

A detecção do vírus da gripe aviária H5N1 em regiões vizinhas e o recente surto no Rio Grande do Sul, que provocou a morte de quase 17 mil aves de granja em maio, mobilizou a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) para debater as ações de prevenção no estado. Em audiência realizada na terça-feira (03/06/2025), o secretário estadual de Agricultura, Enio Bergoli, e a médica veterinária Carolina Covre, da Associação dos Avicultores e Suinocultores do Espírito Santo, afirmaram que não há motivo para alarde, ressaltando a efetividade do trabalho de vigilância e das medidas de biosseguridade adotadas.

O Espírito Santo é um dos principais produtores brasileiros de ovos e frango de corte, com uma produção diária de 19 milhões de ovos de galinha e codorna, além de 500 toneladas de frango, conforme dados apresentados pela veterinária Carolina Covre. O setor gerou um faturamento aproximado de R$ 2,5 bilhões em 2024, com as principais granjas localizadas em Santa Maria de Jetibá, Domingos Martins e Marechal Floriano. Apesar da ameaça representada pelo vírus, que está presente em todo o mundo, o secretário Enio Bergoli destacou a preparação e o controle eficaz da doença no estado.

Foto: Lucas S. Costa
Foto: Lucas S. Costa

Ambos os especialistas descartaram a possibilidade de transmissão da gripe aviária para humanos por meio do consumo de ovos ou carne. “A influenza aviária é uma doença das aves, raramente acomete humanos, e quando isso ocorre, acontece por contato direto com aves doentes”, explicou Carolina Covre. No Espírito Santo, o último caso confirmado foi registrado em maio de 2024, e atualmente não há suspeitas em andamento.

No Brasil, entretanto, houve 170 focos da doença notificados até o momento, incluindo dois em andamento e 12 em investigação. A disseminação do vírus pelo país ocorre desde 2023, tendo o Brasil sido o último país a registrar casos em granjas comerciais, devido ao rigoroso controle sanitário. A criação de um comitê intersetorial com participação de órgãos estaduais e federais, entre eles o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Seama) e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), visa coordenar as ações de prevenção.

Em função dos focos detectados no sul do país, a situação de emergência zoossanitária foi prorrogada no Espírito Santo, com protocolos de monitoramento e contenção definidos para evitar a propagação do vírus. O secretário Bergoli afirmou que o estado está preparado para agir rapidamente em caso de novos focos em granjas comerciais.

A maior produtora nacional de ovos, Santa Maria de Jetibá, também reforçou as medidas de biosseguridade. O prefeito Ronan Fisioterapeuta (PL) destacou que as ações de controle já são aplicadas e serão intensificadas em parceria com o governo estadual e o Idaf. Na Assembleia Legislativa, o presidente da Comissão de Agricultura, deputado Adilson Espindula (PSD), e demais parlamentares demonstraram confiança nas estratégias adotadas para proteger a avicultura capixaba.

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