Para lidar com esses dois extremos do clima, cientistas buscam alternativas para gerar energia e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente. Temporais intensos e fora de época. Este eagem prolongada quer atravessar as quatro estações. Para os especialistas, os extremos do clima são reflexo do aquecimento do planeta, a medida em que as temperaturas sobem, mais água evapora e a umidade do solo diminui. Os períodos de seca ficam mais longos e duradouros. A paisagem muda completamente. Por essa trilha de terra vermelha, folhas secas e cascades em Gláuscilândia, no norte de Minas Gerais, passava um rio lotado de peixes. Era daqui que o seu Nilsson tirava o sustento da família. É aqui que eu criei minha família comendo peixe daqui dentro do rio. Buscando água aqui, minha esposa mesmo, buscava água aqui. Saiu os peixes, quando dá aquela enchentezinha, os peixes caem tudo nos rios. As águas do rio ficaram na memória dos moradores. A gente fica assim, muito sentido de acontecer essas coisas, né?

Aí a pessoa vinha tomar robônia aquela água limpinha. Agora, hoje em dia, a pessoa chega no rio e anda de fora a fora. O rio tá tudo esse jeito. E não é só a água da superfície que está secando. Cientistas acreditam que os níveis de água subterrânea também estejam diminuindo. E isso agrava os efeitos da estiagem.

A seca intensificada pelas mudanças no clima afeta também florestas úmidas, como essa aqui, em Soryetama, no Espírito Santo. Os pesquisadores monitoram o comportamento dos animais para saber que tipo de problema pode ser provocado por essas mudanças. Auriubanhos é professor da Universidade Federal do Espírito Santo e estuda como a falta d'água reduz a expectativa de vida, especialmente da arpia, a maior águia da América Latina, o biólogo-unitória casais da espécie que vivem na região. Desde que o Jequitiba de 40 metros de altura morreu, por falta d'água, o casal de aves que vivia aqui não consegue mais se reproduzir. Muitas vezes ela escolhe uma árvore e é muito fiel a árvore do NNH, durante toda sua vida reprodutiva. Por isso ela fica voltando aquela árvore já morta, consegue até tirar os filósofes lá, mas os filósofes estão vivendo a morrer, enrasando de não ter uma cobura de sombra, de sombramento. Os biólogos, que são os que estão vivendo na árvore, os biólogos gravaram imagens do último filhote, que tenta sobreviver bravamente. A arpia, também conhecida como o gabião real, é um animal ameaçado de extinção. Que tipo de problema provocado pela mudança climática tem afetado a floresta?

Principalmente a alta temperatura e a escassez de água. Ou seja, isso tem trazido uma desistificação de ecossistemas que eram antes úmidos, florestais. Se nas florestas tropicais a seca desafia a vida da natureza, nos lugares onde raramente chove, é ainda pior. No deso do Arizona, nos Estados Unidos, a paisagem do Grand Canyon, uma das mais conhecidas do país, está mais árida.

Os pássaros migratórios, que são da região do Rio Colorado, deixam o Grand Canyon e vão para o Brasil. Depois voltam para cá. Então, para esses pássaros sobreviver, precisamos manter o habitat aqui. Precisamos de água. A cidade de Phoenix, a maior do Arizona, vive a pior onda de calor dos últimos anos. A temperatura média nesse verão é de 47 graus. Com causa das mudanças climáticas, hoje há muito menos chuva na região. Este âgen está mais longa. Essa é a pior seca dos últimos 1200 anos. O Arizona tem o verão mais quente dos Estados Unidos e um dos mais quentes do mundo. Esse calor todo já começou a mexer com a economia da região, já que o Rio Colorado, que corta aqui o Grand Canyon, um dos lugares mais visitados do país, está secando.

A seca intensa prejudica os abastecimentos. A seca intensa prejudica os abastecimentos de energia e de água na região. O Rio Colorado está com um nível mais baixo da história. É uma questão matemática. Estamos usando mais água por anos do que há de recurso disponível. Essa é uma grande preocupação, porque não há muitos rios no oeste do país. E o Rio Colorado é uma fonte importante de recurso de água para toda a região. Muitos estados, que dependem deles, estão discutindo como reduzir essa demanda. Para a Alejandro Moreno, do Departamento de Energia dos Estados Unidos, a solução está nos projetos de energia limpa.

O país investiu 8 bilhões de dólares, o equivalente a 40 bilhões de reais para a produção de energia movida a hidrogênio, que emite menos carbono na atmosfera. Felizmente, muitas fontes de energia renovável necessitam de muito, muito menos água do que as fontes de geração convencional. Então, quando você não está gerando calor para turbinas a vapor, como acontece com o gás e com o carvão, você não precisa necessariamente de água para resfriamento, o que é um grande uso de água na produção de energia.

Por isso, os cientistas alam sobre a necessidade de substituir a produção de energia que vem de combustíveis fósseis, como o gasolina, diesel e carvão, para que os quadros de gestiagem sejam revidos mundo a fora. As alterações climáticas vão afetar a vida de todos, de muitas maneiras diferentes, e a natureza responde a essas mudanças agressivamente. Então, nesse momento, nós podemos e devemos usar a ciência para desacelerar esses processos e, possivelmente, rever as mudanças climáticas no futuro.

Portal SBN