França e Reino Unido propõem trégua parcial entre Rússia e Ucrânia

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Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

França e Reino Unido propõem trégua parcial entre Rússia e Ucrânia

Mundo - Trégua

A França e o Reino Unido propuseram uma trégua parcial de um mês entre a Rússia e a Ucrânia que incluiria ataques aéreos, marítimos e a infraestruturas energéticas. O acordo não incluiria combates terrestres, disseram o presidente francês, Emmanuel Macron, e o seu ministro das Relações Exteriores.

Os comentários foram feitos em meio a uma onda de diplomacia europeia destinada a reforçar o apoio ocidental à Ucrânia, após uma reunião tensa entre o presidente Volodymyr Zelensky e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na sexta-feira (28/02/2025).

Essa trégua nas infraestruturas aérea, marítima e energética nos permitiria determinar se o presidente russo, Vladimir Putin, está agindo de boa fé quando se compromete com uma trégua. E é aí que as negociações de paz reais poderiam começar”, disse o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Noel Barrot, nesta segunda-feira (03/03/2025).

Segundo a proposta, as tropas terrestres europeias só seriam enviadas para a Ucrânia em uma segunda fase, disse Macron em uma entrevista publicada no Le Figaro na noite de domingo (02/03/2025).

Não haverá tropas europeias em solo ucraniano nas próximas semanas”, disse Macron, segundo o Le Figaro, enquanto voava para Londres para uma reunião de líderes europeus, convocada pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, para avançar nos esforços na elaboração de um plano de paz para a Ucrânia.

A questão é como usaremos este tempo para tentar obter uma trégua, com negociações que levarão várias semanas e depois, uma vez assinada a paz, um envio (de tropas)”, disse Macron.

O presidente francês não detalhou como as infraestruturas aéreas, marítimas e energéticas poderiam ser monitoradas.

A meu ver, isso só será possível com a Otan ou pelo menos com o comando da Otan e depois com os sistemas Patriot, mísseis de longo alcance e aviação, que a Ucrânia não possui”, disse um diplomata europeu. “E é preciso negociar com a Rússia para que ela não realize ataques massivos.”

O Kremlin, que rejeitou a ideia de tropas ocidentais serem enviadas para a Ucrânia, disse nesta segunda-feira que o confronto no Salão Oval entre Trump e Zelensky mostrou quão difícil seria chegar a uma solução para o conflito na Ucrânia.

Zelensky, questionado se tinha conhecimento do plano mencionado por Macron, disse aos repórteres em Londres: “Estou ciente de tudo”.

Nesta segunda-feira, porém, o ministro das Forças Armadas do Reino Unido, Luke Pollard, recusou-se a confirmar as ideias transmitidas por Macron e Barrot, dizendo: “Esse não é um plano que reconhecemos atualmente”.

Certamente há uma série de opções diferentes sendo discutidas em particular entre o Reino Unido, a França e os nossos aliados neste momento. Provavelmente não é certo para mim neste momento comentar sobre cada opção individual à medida que elas ocorrem”, disse Pollard à BBC.

Starmer disse no domingo que os líderes europeus concordaram em elaborar um plano de paz para a Ucrânia para apresentar aos Estados Unidos, sem entrar em detalhes.

Enquanto isso, as partes nas negociações para formar o novo governo da Alemanha estão considerando a criação rápida de dois fundos especiais no valor de centenas de bilhões de euros, um para defesa e um segundo para infraestrutura, disseram à Reuters três pessoas com conhecimento do assunto.

Economistas que aconselham os partidos que provavelmente formarão uma nova coligação governamental estimam que são necessários cerca de 400 bilhões de euros para o fundo de defesa.

A acalorada discussão de sexta-feira na Casa Branca entre Zelensky e Trump aumentou o sentimento de urgência em Berlim para agir mais rapidamente nos gastos para a própria defesa da Alemanha e para a Ucrânia, disseram as fontes.

Os líderes da União Europeia se reunirão para uma cúpula extraordinária no dia 6 de março para discutir apoio adicional à Ucrânia, garantias de segurança europeias e como pagar pelas necessidades de defesa europeias.

Portal SBN | Com informações | CNN Brasil

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