Câncer de pulmão é um dos tumores mais comuns em homens e mulheres no Brasil
O Novembro Branco conscientiza sobre a doença, que é silenciosa e geralmente é descoberta em estágios avançados, dificultando o tratamento
A campanha Novembro Branco foi criada em 2017, para conscientização sobre o câncer de pulmão. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a neoplasia é a quarta mais comum em homens e mulheres no Brasil (com exceção do câncer de pele não melanoma). O INCA estima que entre 2023 e 2025 a incidência de novos casos desse tipo de neoplasia será de 4,6%.
Segundo dados do Observatório Global de Câncer (GLOBOCAN), em 2020 a doença foi responsável por 11,4% de todos os novos casos de câncer no mundo e por 18% das mortes por câncer globalmente. Por isso, é considerado o câncer mais letal.
O tabagismo é considerado a maior causa de morte evitável no mundo, e é responsável por 80% das mortes por câncer de pulmão, segundo a pesquisa Lung Cancer Facts 2022, realizada pelo Lung Cancer Research Foudation. O risco de uma pessoa que fuma desenvolver câncer de pulmão chega a ser até 30 vezes maior do que o de um indivíduo que não fuma.
A maioria dos casos de câncer de pulmão é diagnosticada em estágios já avançados, o que dificulta o tratamento. “Os indivíduos que fumam ou fumaram ao longo da vida devem conversar com seu médico sobre a necessidade de realizarem uma tomografia do tórax como método de rastreamento, a fim de tentar diagnosticar a doença numa fase mais inicial, aumentando as chances de cura”, destaca a oncologista da Oncoclínicas Espírito Santo, Isabella Favato.
“É importante ressaltar que a doença também pode acometer os não fumantes. Por isso, qualquer pessoa com sintomas respiratórios persistentes deve procurar avaliação de um pneumologista ou clínico geral, orienta a médica
Sintomas e sinais do câncer de pulmão
Embora possam surgir no início da doença, a maioria dos casos são assintomáticos e os sinais podem aparecer ao atingir um estágio mais avançado. Contudo, os sintomas não são específicos da neoplasia, mas os mais comuns são:
● Tosse persistente;
● Escarro com sangue;
● Dor no peito;
● Dor óssea;
● Cefaleia (dor de cabeça);
● Rouquidão;
● Falta de ar;
● Perda de peso e de apetite;
● Pneumonia recorrente ou bronquite;
● Efusão pleural (acúmulo anormal de líquido na pleura);
● Sentir-se cansado ou fraco;
● Alteração do ritmo habitual da tosse em fumantes, em que as crises acontecem em horários incomuns.
Diagnóstico e tratamento
A investigação em casos de suspeita de câncer de pulmão é realizada por meio de exames como raio x de tórax, em que é possível visualizar tumores ou manchas que serão investigadas. A biópsia também é indicada para a definição do diagnóstico. Se a neoplasia for identificada, o médico solicitará novos procedimentos para investigar e determinar seu estágio e o tratamento.
Cirurgia, quimioterapia e radioterapia são as principais formas de tratamento da doença e podem ser feitas de forma combinada. “A terapia e acompanhamento do câncer de pulmão é multidisciplinar. Pode envolver cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia ou terapias alvo-moleculares. Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as taxas de cura. Porém, mesmo na doença avançada, grandes avanços no tratamento têm ocorrido nas últimas décadas”, afirma a oncologista. ⠀
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