Infarto nas mulheres: diagnóstico tardio é a principal causa de morte

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Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

Infarto nas mulheres: diagnóstico tardio é a principal causa de morte

Saúde - Doenças Cardiovasculares

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre as mulheres, tanto no Brasil quanto no mundo. No entanto, muitas ainda acreditam que os problemas cardíacos afetam mais os homens, o que leva a diagnósticos tardios e aumenta a mortalidade feminina por infarto.

Sintomas diferentes entre os gêneros

Infarto nas mulheres: diagnóstico tardio é a principal causa de morte

O cardiologista Elzo Mattar explica que os sintomas nas mulheres são mais sutis do que nos homens. Enquanto os homens geralmente sentem dor no peito intensa irradiada para o braço esquerdo, as mulheres podem apresentar sinais mais difíceis de identificar, como cansaço extremo, falta de ar, tontura, enjoo e dor no maxilar ou nas costas. Esses sintomas muitas vezes são ignorados ou confundidos com outros problemas de saúde, como fadiga ou refluxo, dificultando o diagnóstico precoce.

Infarto sem dor no peito

Pesquisas indicam que até 50% das mulheres que sofrem infarto não apresentam a dor clássica no peito. Elas podem sentir fadiga excessiva, suor frio repentino, indigestão, náusea, palpitações e uma sensação de pressão no tórax. Esse quadro atípico pode fazer com que a mulher demore a procurar atendimento médico, o que é crucial para evitar sequelas graves ou até a morte.

Fatores culturais e sociais

A demora em buscar socorro também está relacionada a fatores culturais. Muitas mulheres priorizam o cuidado com a família e negligenciam seus próprios sintomas. A falta de informação sobre como o infarto se manifesta nas mulheres agrava ainda mais esse problema. "A conscientização é essencial. As mulheres precisam entender que o infarto também as afeta e que, se os sintomas forem incomuns ou persistentes, devem procurar ajuda médica", afirma Mattar.

Prevenção e cuidados

A alimentação equilibrada, atividade física regular, controle do estresse, monitoramento da pressão arterial e colesterol, além de consultas periódicas ao cardiologista, são fundamentais para prevenir doenças cardiovasculares. Após a menopausa, o risco aumenta devido à queda nos níveis de estrogênio, por isso é importante que a mulher tenha mais atenção à saúde do coração. "A prevenção e o acompanhamento constante são a chave para evitar complicações cardíacas", conclui o cardiologista.

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