Morte do Papa Francisco: Última bênção e incertezas sobre o futuro da Igreja

O Papa Francisco morreu nesta segunda-feira (21/04/2025), aos 88 anos, no Vaticano. Ele havia feito sua última aparição pública no domingo de Páscoa (20/04/2025), na tradicional bênção Urbi et Orbi, na sacada da Basílica de São Pedro, visivelmente fragilizado. Jorge Mario Bergoglio foi o primeiro papa latino-americano e o primeiro jesuíta a assumir o comando da Igreja Católica.
Nascido em Buenos Aires em 17 de dezembro de 1936, Francisco era filho de imigrantes italianos que deixaram a Itália nos anos 1920 em busca de melhores condições na Argentina. Essa herança dupla — italiana e latino-americana — marcou seu modo de ver o mundo e conduzir o pontificado.
Antes da vida religiosa, Bergoglio estudou química e trabalhou em laboratório. Ainda jovem, viveu um romance frustrado com uma vizinha, Amalia. Após a rejeição dos pais dela, teria dito: “Se eu não me casar com você, serei padre.” Entrou para a Companhia de Jesus em 1958 e foi ordenado em 1969.
Como arcebispo de Buenos Aires, recusava privilégios e andava de transporte público. Ao ser eleito papa em 2013, surpreendeu até a própria família. Sua irmã, Maria Elena, chorou ao saber da notícia e confessou: “Nunca pensei que ele se tornaria papa.”
Durante seu pontificado, Francisco defendeu causas sociais, o cuidado com o meio ambiente e o diálogo entre religiões. Com postura firme e linguagem acessível, buscou aproximar a Igreja das pessoas comuns, sem abrir mão de posicionamentos claros em temas sensíveis.
O conclave que escolherá seu sucessor ainda não tem data definida, mas deve começar dentro de, no mínimo, 15 dias. Participam da eleição apenas cardeais com menos de 80 anos. Ainda não há nomes favoritos, e o cenário deve ser marcado por debates sobre o rumo da Igreja em tempos de transformações sociais e geopolíticas.
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