Adultização precoce: o alerta do caso Felca sobre crianças que perdem a infância na era digital

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Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

Adultização precoce: o alerta do caso Felca sobre crianças que perdem a infância na era digital

Estilo De Vida - Alerta

Nos últimos anos, tem crescido um fenômeno preocupante: a adultização das crianças. A chamada “adultização” refere-se à exposição precoce dos pequenos a temas, comportamentos e responsabilidades que deveriam ser próprios da vida adulta, causando impactos significativos no desenvolvimento emocional e psicológico.

Um episódio recente que ganhou repercussão foi o caso do youtuber Felca (foto), que mostrou como crianças e adolescentes têm se deparado com cobranças e situações que fogem à sua idade. O conteúdo revelou o impacto da pressão social e midiática para que esses jovens assumam posturas e decisões muito além do esperado para sua fase da vida.

Para a psicóloga e psicanalista Mariana Weigert de Azevedo, esse fenômeno é motivo de alerta: “A infância precisa ser preservada como um tempo de exploração, aprendizado e proteção. Quando as crianças são adultizadas, elas perdem a oportunidade de viver suas emoções e desafios na medida certa. Isso pode gerar ansiedade, insegurança e um sentimento de sobrecarga que compromete sua saúde mental.”

Mariana explica ainda que essa pressão para crescer rápido muitas vezes vem da cultura digital e do ambiente familiar: “Muitas vezes, as crianças são expostas a conteúdos inapropriados, ou recebem responsabilidades excessivas em casa, o que as força a abandonar sua leveza e espontaneidade. É fundamental que os adultos ao redor estejam atentos e atuem para garantir um espaço seguro para que elas possam simplesmente ser crianças.”

O episódio do youtuber Felca expôs a vulnerabilidade desses jovens diante de expectativas irreais, reforçando a necessidade de um olhar mais cuidadoso e acolhedor para a infância.

“A infância é o alicerce do nosso desenvolvimento. Quando ela é comprometida, as consequências podem reverberar ao longo da vida. Precisamos urgentemente refletir sobre o que estamos exigindo das crianças hoje, e como podemos protegê-las da adultização precoce,” conclui Mariana.

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