O avanço dos casos de colesterol elevado tem mobilizado instituições de saúde em Portugal e no exterior. A CUF, uma das maiores redes hospitalares portuguesas, estima que um quarto da população do país apresenta níveis acima do recomendado, cenário que amplia o risco de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares.

Embora grande parte das pessoas não apresente sinais evidentes, o jornal britânico Mirror cita orientações da Fundação Britânica do Coração, que chama atenção para manifestações no rosto. Entre elas estão os xantelasmas, descritos como pequenos nódulos amarelados próximos ao canto interno dos olhos, e o arco juvenil, um anel branco ou acinzentado que envolve a íris. O Hospital Fernando Fonseca, também em Portugal, amplia a lista com sintomas menos conhecidos que podem aparecer em alguns casos: fadiga, dor de cabeça, fraqueza, visão embaçada, mau hálito, indigestão, constipação, inflamação nas articulações, urticária, perda de equilíbrio, náuseas, intolerância alimentar e dor no peito.

O tema voltou ao debate após um estudo conduzido no Japão e publicado na revista Food Science & Nutrition. A pesquisa observou que o cominho-preto pode atuar como agente natural no controle do colesterol, registrando queda do colesterol ruim, aumento do colesterol bom e redução do apetite. Segundo os autores, citados pela FoxNews, a análise aponta “potencial do extrato da semente de cominho-preto na melhoria do metabolismo”, com possíveis aplicações em condições relacionadas à obesidade, ainda que ressaltem a necessidade de novos estudos. A dietista Theresa Link reforçou ao canal que a especiaria “não é uma solução mágica”, mas pode oferecer apoio quando associada a hábitos equilibrados.

Centros de saúde mantêm a recomendação de cuidados alimentares como base para o controle do colesterol. O Hospital Fernando Fonseca orienta evitar alimentos ricos em gordura saturada, presentes em manteiga, salsichas, hambúrgueres, chocolate, gema de ovo, carne suína e banha. Também recomenda moderação no consumo de gorduras insaturadas, encontradas em óleo de girassol, sementes de abóbora e girassol, castanhas, nozes e amêndoas. A ingestão diária de frutas e vegetais, com pelo menos cinco porções, completa a lista, com opções como banana, laranja, manga, maçã, tomate e legumes cozidos.

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