Agressivo no ataque e na defesa, Vini fez Tite rever tática
Um ano após ser convocado apenas por lesão de Roberto Firmino, atacante do Real Madrid ganha status de titular absoluto, com nove partidas de 12 possíveis e se torna peça fundamental no Mundial do Catar
Em setembro, Tite dizia sobre a possibilidade de manter a formação mais ofensiva, com seu quinteto vertical com Lucas Paquetá um pouco mais recuado, Raphinha, Vini Jr, Neymar e Richarlison:
“A utilização de uma ou outra forma (de jogo), vamos estudar dependendo do jogo. A Seleção está se consolidando cada vez mais com a passagem que essas duas formas são equilibradas. Lembra que vocês comentaram lá atrás de um time ofensivo? Mas foi um time equilibrado."
Vinicius já tinha outro status no futebol mundial - oitavo melhor do mundo no prêmio da Fifa, autor de gol de título europeu e com nova temporada brilhante no Real - e era impossível ignorar o que se previa e hoje se confirma no Catar.
– Eu acredito que foi um processo normal. A comissão e o professor foram me dando argumentos de onde eu precisava melhorar para chegar no meu melhor nível e ser titular da Seleção. É complicado, tem muitos jogadores, o professor tem muitas opções. Cada vez que eu vinha para a Seleção eu voltava com algo que faltava para ser titular da posição – disse Vini, na quarta, em entrevista coletiva.
Vinicius participou de cinco dos sete gols da Seleção na Copa – ele fez um, deu duas assistências diretas (para Richarlison e Paquetá), mais um chute que gerou rebote para gol de Richarlison, além de preparar a jogada que terminou em triangulação com Rodrygo para golaço de Casemiro contra a Suíça. O protagonismo ficou evidente, a ponto de o técnico da Croácia citá-lo como representante do perigo do Brasil, ao lado de Neymar.