No ritmo acelerado da vida moderna, não é raro encontrar pessoas exaustas, aguardando ansiosamente o final de semana para descansar. Em meio à correria, tarefas importantes são deixadas de lado, e logo surgem os rótulos: preguiça ou procrastinação. Mas, afinal, existe diferença entre esses comportamentos?

A psicóloga Dora Teixeira Diamantino, coordenadora do curso de Psicologia da Unime Lauro de Freitas, explica que adiar uma tarefa nem sempre é falta de organização, mas dificuldade no gerenciamento das emoções. “Embora os termos sejam usados como sinônimos, eles descrevem comportamentos distintos que podem exigir abordagens diferentes para serem vencidos”, destaca.

Segundo a especialista, procrastinação é o adiamento deliberado de atividades importantes, geralmente ligadas a prazos e metas, enquanto a preguiça reflete uma falta geral de motivação, sem considerar a relevância da tarefa. Além disso, procrastinar costuma gerar culpa, ansiedade e sensação de descontrole, podendo afetar produtividade, relacionamentos e até a saúde mental a longo prazo.

Já a preguiça se manifesta como desinteresse e preferência por inatividade, sem a mesma cobrança interna. Para lidar com cada situação, os caminhos são diferentes: dividir tarefas em etapas menores, aplicar técnicas de produtividade como a Pomodoro ajuda a enfrentar a procrastinação, enquanto criar rotina, buscar atividades motivadoras e incluir exercícios físicos é indicado para combater a preguiça.

Identificar o que está por trás do comportamento é essencial para melhorar o bem-estar e a produtividade.

Portal SBN | Com informações | Notícias ao Minuto Brasil