Preso em atos depõe e diz que teve hotel e viagem pagos

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Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

Preso em atos depõe e diz que teve hotel e viagem pagos

Terrorismo em Brasília: empresário preso durante atos antidemocráticos diz à polícia que teve hotel e viagem pagos
Brasil - Terrorismo

O empresário de Votuporanga (SP) Kingo Takahashi, um dos bolsonaristas radicais presos pelos ataques terroristas ocorridos na Praça dos Três Poderes, contou em depoimento à polícia que teve as despesas pagas para participar dos atos antidemocráticos.

De acordo com a apuração do g1, Kingo relatou que parte do grupo que estava no Quartel-General do Exército realizou uma vaquinha para custear a viagem e o hotel de quem quisesse ir a Brasília (DF).

Durante depoimento à polícia, o bolsonarista radical também disse que "trouxe R$ 150" para ficar no Distrito Federal, bem como afirmou que não sabia os nomes ou as características dos organizadores do QG.

Em vídeos publicados nas redes sociais, Kingo aparece perto da rampa do Congresso Nacional, acompanhado de outros terroristas que participaram dos atos antidemocráticos ocorridos no dia 8 de janeir.

"Vamos derrubar os bandidos. Vamos acabar com esses vagabundos. Isso é melhor que show de rock”, disse o empresário durante a gravação.

Já em uma fotografia, o empresário está deitado em uma poltrona vermelha, com os pés apoiados em um móvel.
 
Kingo foi preso em flagrante por “tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído”. Ele foi encaminhado para o Complexo Penitenciário da Papuda.
 

Presos por invasão

A lista com o nome dos bolsonaristas radicais que depredaram as sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário foi divulgada pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal.

Durante a invasão, os terroristas quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, entraram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas.

O ataque às sedes dos Três Poderes e à democracia é sem precedentes na história do Brasil. O prejuízo ao patrimônio público está calculado em ao menos R$ 3 milhões apenas na Câmara dos Deputados, que junto com o Senado Federal compõe o Congresso Nacional.

Até o fim da manhã de quinta-feira (12), 1,2 mil pessoas haviam sido presas.

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