Luccas Martins apresenta seu universo criativo em concerto com a Orquestra Sinfônica do ES
Percussionista e artista multilinguagem será solista convidado da OSES no concerto “Handpan Brasileiro: Ancestral e Sinfônico”, no dia 15 de setembro, no Centro Cultural Sesc GlóriaUnir a música de matrizes ancestrais africanas e a música regional do Brasil sob uma perspectiva sinfônica: este é o conceito proposto pelo percussionista e artista multilinguagem Luccas Martins no concerto “Handpan Brasileiro: Ancestral e Sinfônico”, no qual o músico irá se apresentar como solista convidado junto à Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (OSES). O espetáculo será realizado no dia 15 de setembro, às 20h, no Centro Cultural Sesc Glória, em Vitória, com a regência do maestro Helder Trefzger e a participação especial do pianista pernambucano Amaro Freitas.
Este espetáculo é fruto do projeto “Handpan Brasileiro”, com o qual Luccas Martins pesquisa e realiza composições desde 2018 utilizando este instrumento percussivo a partir de suas origens afro-brasileiras e de suas vivências em diversos cenários. Entre outras experiências, o músico já misturou o handpan com o grupo de maracatu Tambores de Inkice e com a banda de congo capixaba Amores da Lua, e trabalhou a música ancestral com o coral indígena Guarani Kuara'y Retxakã, da aldeia Tekoá Mirim, localizada no município de Aracruz, que resultou no álbum “Originários do Agora - Música Ancestral Contemporânea” (Lôa Discos).
Sua atuação no sentido de interligar fronteiras entre tradição e modernidade rendeu a ele indicações ao Prêmio da Música Brasileira, em 2017, com o álbum “Forró Por Aí…” (Lôa Discos), com a banda Serelepe, trabalho autoral voltado à música nordestina; e ao Prêmio Profissionais da Música 2020, na categoria “Artistas Intérpretes: Cultura Popular”.
Neste concerto inédito com a Orquestra Sinfônica do Espírito Santo, Luccas Martins se propõe a destacar as possibilidades do handpan, instrumento melódico-harmônico de percussão criado na Suíça, no início dos anos 2000. Além do handpan, o músico também tocará outros instrumentos como pandeiro, ilú e caxixi, aludindo à sua gênese musical que traz o choro, o ijexá, o baião, a música afro-brasileira e a música regional do Brasil em um contexto mais abrangente. O repertório terá cinco composições de sua autoria e outras duas do pianista Amaro Freitas, que serão executadas pela Orquestra Sinfônica do Espírito Santo. Além das composições, Luccas Martins também assina os arranjos e orquestrações de suas músicas.
Handpan
Para Luccas, o concerto nasceu com a proposta de colocar o handpan em destaque na música brasileira a partir de uma concepção orquestral. Ele observa que o instrumento possui um timbre exótico, metálico, doce e repleto de harmônicos, sons que sempre atraem a atenção dos ouvintes: “É um instrumento que proporciona momentos de paz e tranquilidade, tanto para quem o toca quanto para os ouvintes”, descreve Luccas.
Embora tenha participado de bandas de música tradicionais por cerca de 15 anos, com formação de sopros e percussão, esta será a estreia de Luccas Martins interpretando arranjos e composições de sua autoria junto a uma orquestra sinfônica completa. O ineditismo é ainda maior quando ele aponta o aspecto simbólico desse encontro: “Este concerto traz ao foco a figura do solista, compositor e arranjador negro desempenhando papéis de destaque na música sinfônica, ocupando esse lugar ainda quase inabitado pela população preta no Brasil”, reitera Luccas, que leva esse protagonismo para sua produção autoral.
“Interessa-me a atuação como artista multilinguagem, que trilha por diversas áreas, sempre em busca de novos horizontes e construindo pontes estéticas entre a ancestralidade e o presente”, define.
✔ CONFIRA:
Concerto “Handpan Brasileiro: Ancestral e Sinfônico”, com a Orquestra Sinfônica do Espírito Santo e Luccas
Martins
Regência: Helder Trefzger
Participação especial: Amaro Freitas
Data: 15 de setembro (quinta-feira)
Horário: 20h
Local: Teatro Glória – Centro Cultural Sesc Glória, Av.
Jerônimo Monteiro, 428 - Centro, Vitória - ES, CEP. 29.010-00
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada), à venda na bilheteria do Teatro
✔ SOBRE LUCCAS MARTINS:
Músico profissional e produtor musical requisitado para trabalhos no Brasil e no exterior, Luccas Martins elabora sua criação artística a partir da junção entre experimentação e originalidade.
Formado em Percussão Popular pela Escola de Música do Estado de São Paulo (“EMESP Tom Jobim”), com licenciatura plena em Música pela Faculdade de Artes Alcântara Machado (FAAM), Luccas Martins atua como músico profissional em shows e gravações no Brasil e no exterior.
Seu currículo inclui apresentações ao lado de grandes nomes da canção da MPB, como Sérgio Reis, e de expoentes da tradicional música instrumental brasileira, como o violonista Zé Barbeiro e o baixista Rogério Botter Maio. Também já se apresentou ao lado da cantora e percussionista italiana Alessandra Belloni, que foi eleita a melhor percussionista do mundo. No cenário internacional, fez shows em Cingapura, Inglaterra e em Paris, e acompanhou a cantora madrilenha Elena Tovar em uma turnê de verão em Ibiza.
Luccas Martins conjuga a inventividade e a reverência ao passado como forças motrizes de sua obra. Seja enquanto percussionista, pesquisando e montando seu setup de percussão com instrumentos específicos, como o handpan e o berimbau, ou como produtor musical, utilizando técnicas de gravação e mixagem inusitadas que conferem uma estética autêntica aos projetos de que fez parte.
Em 2017, seu álbum autoral “Forró Por Aí…”, com a banda Serelepe, voltado à música nordestina, foi indicado ao Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor Grupo de Música Regional. Em 2019, o mesmo álbum figurou entre os discos de world music mais tocados nas rádios da Europa. Em 2020, foi indicado ao Prêmio Profissionais da Música na categoria “Artistas Intérpretes: Cultura Popular”.
No mesmo ano, teve duas músicas selecionadas para o Festival Rádio Mec: “Vislumbre”, na categoria Música Popular, cantada por Luccas Martins, no violão e percussão, com acompanhamento de Rafael Cabello, no acordeon, e Rogério Botter Maio, no baixo; e “Acaiá (Um Café Pra K-Ximbinho)”, semifinalista na categoria Música Instrumental. Trata-se de uma das faixas do projeto Pomar, disco inédito gravado pelo percussionista em parceria com o pianista Tiago Gomes, ganhador do Grammy Latino de 2018 com o disco “Natureza Universal”, de Hermeto Pascoal.
Enquanto produtor musical, Luccas Martins trabalhou em projetos com artistas como Toninho Carrasqueira, Toinho Melodia e Arleno Farias, entre outros.
Entre seus trabalhos recentes destacam-se:
“Luccas Martins Handpan Live in Europe” (2022) - EP gravado ao vivo na Espanha, França e Inglaterra, com performances solo de handpan e de pandeiro. As músicas desse álbum já ultrapassam meio milhão de plays nas plataformas de streaming.
“Originários do Agora - Música Ancestral Contemporânea” (2022) – Resultado do projeto “Handpan Brasileiro”, no qual Luccas Martins realiza vivências musicais com grupos de música regional, com o intuito de inserir o handpan na música popular brasileira. O projeto nasceu com o objetivo de revelar o cenário real e atual da cultura indígena contemporânea por meio da música, desmistificando ideias preconcebidas sobre os povos originários. O Coral Guarani Kuara'y Retxakã, composto por membros da Aldeia Tekoá Mirim, do Cacique Pedro da Silva, de Aracruz (ES), deu voz às canções ancestrais pertencentes a seu povo ao longo das sete faixas deste álbum. A parte instrumental do disco traz o lirismo da música guarani, que por vezes remete à música de concerto, com a participação de quarteto de violoncelos, fagote e trompete e, ao mesmo tempo, finca os pés no tempo presente, dialogando com a sonoridade de sintetizadores e da música eletrônica. A percussão gravada por Luccas Martins tem destaque especial com efeitos sonoros feitos de sementes orgânicas, tambores e a participação do handpan, que confere sonoridade exótica e transcendental ao álbum.
“Voar Doce Lar” (2022) - Álbum de handpan solo criado especialmente para a obra homônima, uma instalação de arte contemporânea concebida em parceria com o artista plástico capixaba Rick Rodrigues, em exposição no Parque Cultural Casa do Governador, em Vila Velha (ES).
✔ SOBRE AMARO FREITAS:
Natural da periferia do Recife, Amaro Freitas tornou-se um dos pianistas de jazz da nova geração mais respeitados do mundo. De família evangélica, ele começou a tocar teclado nos cultos da igreja onde o pai, seu Jeremias, um músico autodidata, tinha uma banda. Iniciou seus estudos em música erudita ao ganhar uma bolsa no Conservatório Pernambucano de Música, tendo sido aluno de Rafael Vernet. Mas se viu obrigado a largar o curso por falta de dinheiro para a passagem de ônibus. Trabalhou como “call center” antes de conseguir se sustentar como pianista residente na noite do Recife Antigo.
Pianista, tecladista, compositor, arranjador, Amaro Freitas graduou-se em Produção Fonográfica e estreou em disco com o álbum “Sangue Negro” (2016), considerado pela crítica especializada em jazz como um trabalho com influências rítmicas de bebop, afrojazz, samba, frevo e balada.
O álbum seguinte, “Rasif” (2018), lançado pelo selo inglês Far Out Recordings, atingiu grande repercussão internacional e saiu nas listas de “melhores do ano” em diversos países, com matérias publicadas pela imprensa especializada de jazz na Alemanha, Estados Unidos, Israel, Japão etc.
A “Downbeat Magazine”, uma das mais conceituadas publicações de jazz do mundo, classificou “Rasif” como a nova promessa do jazz brasileiro, “com uma abordagem do teclado tão única, que é surpreendente”. No trabalho, ao lado de seus companheiros de trio, ele reprocessou ritmos como o frevo, afrojazz, maracatu, coco e baião.
No mesmo ano, Amaro Freitas foi convidado pelo cantor e compositor Lenine para participar do álbum “Lenine em trânsito”, tocando piano na música “Lua Candeia” (Lenine/Paulo César Pinheiro). Em 2020 gravou o piano em duas faixas do Projeto Existe Amor, de Criolo e Milton Nascimento.
Após turnês bem-sucedidas pelo Brasil, Europa e Estados Unidos, o pianista lançou em 2021 seu terceiro álbum, “Sankofa”, que ele define como “uma busca espiritual por histórias esquecidas, filosofias antigas e figuras inspiradoras do Brasil Negro”.
✔ OUÇA LUCCAS MARTINS NO SPOTIFY:
Perfil
https://open.spotify.com/artist/3dIbeBrKevt2r1OARXGVXV
Playlist Handpan Chill Out
https://open.spotify.com/playlist/28ppzdcB5eCLUZvTudxf8P
Playlist de produções e colaborações de Luccas Martins
https://open.spotify.com/playlist/7mYgAAoc6BJby3OCRGky94
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