Além de salas de aulas, pacientes estão sendo atendidos em contêineres em Linhares no Norte do Espírito Santo
As estruturas foram anexadas ao Hospital Geral de Linhares (HGL) durante a pandemiaPacientes estão sendo atendidos em contêineres e em uma tenda instalados do lado de fora do Hospital Geral de Linhares (HGL), no Norte do Espírito Santo, a exemplo do que acontece na Escola Municipal Ensino Fundamental (EMEF) José Modeneze, no bairro Canivete, no mesmo município, onde há mais de um ano prefeitura improvisou a mesma estrutura para que os alunos assistam às aulas.
Moradores dizem que os contêineres não são novos no local. "Ali [nos contêineres] é onde eram feitos os atendimentos para fazer exame de covid. O pessoal ia tudo para ali", contou uma moradora da região.
Sobre a situação no hospital, a prefeitura confirmou que os contêineres foram anexados à estrutura do HGL durante a pandemia e foram mantidos para agilizar o atendimento no pronto-socorro clínico.
O espaço, segundo a administração municipal, funciona apenas para acolhimento e triagem dos pacientes e consultas médicas e outros atendimentos são feitos dentro da unidade hospitalar.
"Os contêineres são climatizados e oferecem toda estrutura necessária para atender a população de forma humanizada. Vale ressaltar ainda que o HGL dispõe de recepção exclusiva para os atendimentos de casos de urgência e emergência", informou a prefeitura.
Entretanto, quando o local fica lotado de pacientes e as cadeiras não são suficientes, algumas pessoas chegam a aguardar o atendimento sentadas na calçada.
A prefeitura não disse se existe previsão de ampliação definitiva do HGL, que atende, em média, a 500 pacientes por dia de Linhares, além de cidades vizinhas e até do Sul da Bahia, segundo a própria administração municipal.
Alunos estudam há mais de um ano em contêineres
Apesar dos quadros, das mesas e cadeiras, há mais de um ano alunos da Escola Municipal Ensino Fundamental (EMEF) José Modeneze, no bairro Canivete, em Linhares, estão tendo aulas num espaço diferente, mas nada adequado.
Com a unidade escolar superlotada e problemas estruturais, a prefeitura improvisou contêineres para que os alunos assistam às aulas. Diante dos problemas, os pais estão revoltados e pedem providências.
Alunos estudam há mais de um ano em contêineres usados como salas de aula improvisadas em escola de Linhares, no ES
"A escola está muito lotada. A estrutura da escola está muito comprometida e eles colocaram uns contêineres para poder aderir à demanda", disse a mãe de um estudante, Dirlene Bonfim.
A secretária de Educação de Linhares, Maria da Penha Valani Giuriato, justificou que a população da comunidade de Canivete cresceu de forma rápida e a utilização dos contêineres foi necessária para atender aos estudantes.
"Nós iremos construir oito salas de aula, cozinha, a quadra será toda reformada. O prédio será todo reformado. Será uma nova escola naquela comunidade", disse.
A prefeitura completou que iniciou o procedimento licitatório da reforma da escola, que pode durar até 90 dias.
"Após este prazo, a ordem de serviço será dada para o início das obras", informou a gestão, que não disse quando os estudantes vão sair dos contêineres nem quando as obras devem ser finalizadas.
Portal SBN | *Com informações G1 ES