Resultados das urnas divergem de pesquisas em disputas estaduais e presidencial
Resultados divergem de pesquisas para presidente e nos estadosPesquisas eleitorais divulgadas no sábado, véspera da eleição, apresentaram discrepâncias significativas na comparação com os resultados das urnas apuradas no domingo na disputa pela Presidência, por governos de estados com grandes colégios eleitorais e por vagas no Senado. A máxima de que os levantamentos de opinião pública são o "retrato do momento" e não preveem o futuro, mesmo que seja de um dia para o outro, não é suficiente para explicar na totalidade diferenças tão expressivas. A partir de agora até o fim do segundo turno, os institutos e pesquisadores acadêmicos farão investigações na tentativa de identificar o que ocorreu e o que pode ser controlado nas amostras daqui em diante. Não há resposta final, hoje, para explicar o que aconteceu.
Os 43,3% alcançados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas — com 99,5% dos votos apurados — superam o que haviam medido o Ipec (ex-Ibope) e o Datafolha na véspera. Para os institutos de pesquisa, o candidato à reeleição tinha, no sábado, 37% e 36% dos votos válidos, respectivamente. Pela margem de erro, que é de dois pontos percentuais nos dois levantamentos, a medida do apoio a Bolsonaro variava de 34% a 39%. As pesquisas foram mais assertivas ao mensurar o tamanho do eleitorado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que obteve 48,3% dos votos neste domingo. O Ipec indicava que o petista teria de 49% a 53%, enquanto para o Datafolha esse percentual poderia ser de 48% a 52%.
São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, os três maiores colégios eleitorais do país, são estados-chave para entender a discrepância entre o que as pesquisas de opinião pública estimavam um dia antes para a disputa presidencial e o que se observou nas urnas.