Mais de R$ 9 bilhões ainda aguardam resgate em bancos, diz Banco Central
Sistema de Valores a Receber já devolveu R$ 10 bilhões, mas mais de 46 milhões de brasileiros e empresas ainda têm dinheiro esquecido
Um montante expressivo de R$ 9,13 bilhões segue esquecido em instituições financeiras em todo o país, de acordo com a última atualização do Sistema de Valores a Receber (SVR), divulgada pelo Banco Central na terça-feira (13/05/2025). O sistema, que permite a consulta e resgate de quantias esquecidas por cidadãos e empresas, ainda reúne recursos de aproximadamente 42 milhões de pessoas físicas e 4,3 milhões de pessoas jurídicas.
Do total disponível, R$ 6,9 bilhões pertencem a pessoas físicas, enquanto R$ 2,1 bilhões são de empresas. Desde o lançamento do SVR, cerca de R$ 10 bilhões já foram resgatados, elevando para R$ 19,2 bilhões o volume total identificado pelo Banco Central entre valores já retirados e os que ainda podem ser recuperados.
Apesar da cifra bilionária, a maioria dos beneficiários tem quantias pequenas a receber: 62,19% têm direito a até R$ 10, enquanto 25,94% têm valores entre R$ 10,01 e R$ 100. Apenas 1,82% dos registros ultrapassam R$ 1.000,01.
Esses recursos, muitas vezes esquecidos por descuido ou desconhecimento, podem estar ligados a contas encerradas com saldo, tarifas indevidas, consórcios não resgatados ou cotas em cooperativas de crédito, entre outras origens. O sistema permite a consulta gratuita, e o resgate pode ser feito a qualquer momento, sem prazo limite, mediante autenticação via conta gov.br nível prata ou ouro.
Para fazer a verificação, o cidadão deve acessar o site do Banco Central e inserir seus dados. Caso haja valores disponíveis, será possível solicitar o saque informando uma chave Pix. O mesmo processo vale para empresas ativas e inativas, desde que o representante legal assine um termo de responsabilidade.
No caso de pessoas falecidas, a consulta deve ser feita por herdeiros, inventariantes ou representantes legais. É necessário preencher um termo de responsabilidade e, posteriormente, procurar diretamente as instituições financeiras que detêm os valores.
O Banco Central reforça que o SVR é um serviço gratuito e que não envia links por e-mail, SMS ou WhatsApp. Todas as orientações estão disponíveis exclusivamente no portal oficial: Clique aqui.
Portal SBN