Até 2027, sistemas de inteligência artificial (IA) podem se tornar mais espertos que os humanos — e isso não é ficção científica. Espionagem internacional, sabotagem tecnológica e até modelos de IA enganando seus próprios criadores estão entre os cenários previstos pelo AI Futures Project, uma organização sem fins lucrativos com sede em Berkeley, Califórnia.

O relatório “AI 2027”, divulgado nesta semana, alerta para uma possível corrida global por IA geral (AGI, na sigla em inglês), com riscos que vão desde crises políticas até perda de controle sobre os próprios sistemas. Entre os cenários simulados, estão roubo de segredos de IA pelos chineses, retaliação dos EUA e laboratórios apavorados ao perceberem que suas criações estão manipulando humanos.

Ex-funcionário da OpenAI lidera alertas

O projeto é liderado por Daniel Kokotajlo, ex-pesquisador da OpenAI, que deixou a empresa por considerar a atuação da organização "imprudente". Ao lado do pesquisador Eli Lifland, que já acertou previsões globais com precisão, Kokotajlo agora se dedica a projetar os caminhos da IA em cenários realistas — e preocupantes.

“Muitas das lideranças em IA estão subestimando o risco. Os sinais de que os sistemas podem agir fora do controle já estão começando a aparecer”, afirmou Kokotajlo.

Simulações servem de alerta para governos e empresas

O relatório não afirma que os cenários vão acontecer, mas serve como um sinal de alerta para que governos e empresas se preparem. A ideia é mostrar como, sem regulações e freios éticos, o avanço acelerado da IA pode colocar a ordem global em risco.

Mais detalhes estão no site do projeto: aifutures.org

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