Ecovias 101 vence leilão da BR-101 com plano bilionário

Em um leilão realizado na manhã desta quinta-feira (26/06/2025), na B3, em São Paulo, a Ecovias 101 garantiu a continuidade da concessão da BR-101, no trecho entre Mimoso do Sul, no Espírito Santo, e Mucuri, na Bahia. A proposta foi apresentada dentro da chamada "otimização contratual", uma medida da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e do Ministério dos Transportes para reestruturar o acordo firmado em 2013.
Com R$ 10 bilhões em investimentos previstos, a nova fase da concessão promete melhorar a infraestrutura ao longo dos quase 480 quilômetros de rodovia, beneficiando diretamente 25 municípios capixabas e um baiano. O plano inclui a duplicação de 172 km, 41 km de faixas adicionais, 51 km de contornos viários e a instalação de dois Pontos de Parada e Descanso (PPDs) para caminhoneiros.
A Ecovias foi a única empresa a participar do leilão e venceu com uma proposta de R$ 0,05525 por quilômetro rodado em pistas simples, critério baseado no maior desconto tarifário.
A concessionária havia solicitado a devolução do contrato em 2022, alegando dificuldades financeiras. Desde então, o processo passou por revisão e, com aval do Tribunal de Contas da União (TCU), foi redesenhado para garantir novas bases de investimento.
O diretor-presidente da Ecovias 101, Marcelo Guidotti, reconheceu os entraves enfrentados desde o início do projeto. “As coisas infelizmente não foram como a gente queria, mas nunca desistimos. Encontramos no governador Renato Casagrande um parceiro que buscou soluções e ajudou a levar este contrato adiante”, declarou.
Presente no leilão, o governador Renato Casagrande relembrou que também estava à frente do governo estadual no primeiro contrato, há mais de uma década, e afirmou que o tempo transformou a esperança em frustração. “A descrença tomou conta dos capixabas. Mas agora há um novo fôlego, com o envolvimento do TCU e investimentos potencializados. Somos um Estado pequeno, muito dependente da logística. Resolver a BR-101 é essencial. É um gargalo para o nosso desenvolvimento.”
O governador também destacou que a concessionária manteve investimentos ao longo dos anos, mesmo diante das dificuldades, e que a nova etapa poderá impulsionar a economia local. “Não somos o maior Estado do Brasil, mas podemos ser o mais competitivo.”
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