DENSIDADE ELEITORAL

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Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

DENSIDADE ELEITORAL

A emoção do voto
Política - Eleições 2022

Estudos específicos e mais aprofundados, demonstram que, 86% da decisão do voto do eleitor brasileiro, é tomada sempre no campo emocional. Portanto sobram apenas, 14% para que esta mesma decisão, seja tomada considerando a razão. 

Ou seja, o voto, obedece quase que em sua totalidade, a emoção ! 

Por isso, você vê nos programas eleitorais, de rádio e tv (principalmente os da tv) carregado de nuances emocionais. Iniciam contando a história de onde nasceu, onde cresceu, estudou, brincou. A primeira professora, primeira escola, amigos mais próximos, padres, pastores, enfim, puxando você, eleitor, a embarcar nessa dinâmica, tentando captar, e cooptar, sua...Emoção, claro ! 

Feito tudo isso, e alguns algo mais, é possível mudar o voto de alguém ? 

Sim, claro que sim. Até mesmo porque, se assim não o fosse, estes profissionais desta seara (Marketing Político/Eleitoral) não seriam em período eleitoral, tão bem pago, e tão requisitados. Dai a César, o que é de César ! 

Contudo, diversos fatores, serão necessários, para que toda a ação planejada e executada, se transforme de fato, no que realmente ao final interessa, o voto depositado na urna. 

Voltemos ao emocional. Vejamos juntos. A governadora eleita em Pernambuco, Raquel Lyra, durante toda a campanha, não figurou hora nenhuma, como favorita, para vencer a eleição. Passou inclusive, para o segundo turno, de forma até bem tímida.  

Ocorre que seu marido, Fernando Lucena, morreu na manhã, exatamente no dia da eleição (domingo) em primeiro turno. No sábado, Marília Arraes, sua adversária aparecia nas pesquisas de intenção de voto, com 38%. Lyra, aparecia empatada em 2º com Miguel Coelho, ambos com 17%. 

Marília foi ao segundo turno, passando em primeiro, com 23,97%. Raquel, conseguiu chegar ao segundo com 20,58%. Já Miguel ficou pelo caminho com 18,04%. Lembrem-se que ele tinha 17% igual ela. Foi a 18, já ela foi a 20%. 

A impressão que fica (aí só um estudo também mais aprofundado traria a certeza), é que a morte, tendo sido exatamente no dia da eleição, não deu tempo suficiente, pra este eleitor maturar em seu coração a informação. Por isso o crescimento dela, não foi tão vertiginoso no dia do primeiro turno. Era preciso um pouco mais de tempo, para o processamento via emoção deste acontecido. 

Passados 28 dias, adivinhem quem venceu a eleição no segundo turno ? 

COLUNISTA ERASMO LIMA 

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