Caju de Leitores e UFSB fortalecem práticas pedagógicas com literatura indígena

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Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

Caju de Leitores e UFSB fortalecem práticas pedagógicas com literatura indígena

Bahia - Educação

Jornada em Porto Seguro promove oficinas e palestras que aproxima educadores das tradições orais e saberes originários

O Centro de Cultura da cidade foi palco, neste sábado (30/9), da II Jornada de Literaturas Indígenas da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), realizada em parceria com o Festival Caju de Leitores. O evento reuniu professores, educadores indígenas e estudantes em uma programação voltada ao fortalecimento das práticas pedagógicas por meio da literatura dos povos originários.

Com o tema “Fortalecimento das práticas pedagógicas por meio das literaturas indígenas”, a jornada promoveu o diálogo entre saberes ancestrais e a educação formal, destacando a valorização da diversidade cultural e o protagonismo dos povos indígenas na produção literária contemporânea. A iniciativa integra o conjunto de ações do Festival Caju de Leitores, que busca promover o diálogo entre literatura, educação e identidade cultural no sul da Bahia.

Entre os destaques da programação, a Oficina Cultural Indígena conduzida pelo historiador Edson Kayapó trouxe práticas voltadas à valorização das expressões culturais dos povos originários. Já a palestra “Leitura da literatura indígena: metodologia sonora”, ministrada pela escritora Trudruá Macuxi, apresentou abordagens de leitura que se conectam com a oralidade e os ritmos ancestrais.

Caju de Leitores e UFSB fortalecem práticas pedagógicas com literatura indígenaPara Mariana Souza Campos, estudante da UFSB, o evento evidenciou a urgência de ampliar espaços de escuta e reconhecimento. “Sou da área de licenciatura e vejo, na prática, essa ausência de representatividade. Se em regiões com tanta presença indígena já há silenciamento, imagine onde sequer se conhece os povos existentes”, refletiu.

Edson Kayapó destacou a importância da troca de ideias entre educadores e comunidades indígenas, reforçando que ensinar e aprender são caminhos que se cruzam. “Precisamos provocar esse debate nas escolas e universidades. Os educadores não podem se furtar ao compromisso de dialogar, trocar ideias, expor pensamentos e colaborar na formação de profissionais e pesquisadores”, afirmou.

A jornada também funcionou como uma prévia do Festival Caju de Leitores, contribuindo para orientar os próximos passos a partir das vozes presentes. A iniciativa reafirma o papel da literatura indígena como ferramenta de transformação e ponte entre mundos.

O Festival Caju de Leitores é uma realização da Savá Cultural, com apoio do Ministério da Cultura e do Governo Federal. Conta com patrocínio via Lei Rouanet da Neoenergia Coelba, Instituto Neoenergia e Itaú Unibanco; e com patrocínio da Secretaria Municipal de Turismo de Porto Seguro, por meio da Superintendência de Cultura. Tem ainda parceria acadêmica da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e reúne uma rede de parceiros locais, incluindo pousadas, comércios, instituições comunitárias e escolas da região.

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