Brasil sobe no ranking do IDH, mas desigualdade ainda freia avanços, aponta relatório da ONU

Portal SBN
Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

Brasil sobe no ranking do IDH, mas desigualdade ainda freia avanços, aponta relatório da ONU

Brasil - Desenvolvimento E Desafios

O Brasil avançou duas posições no ranking global do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e agora ocupa o 84º lugar entre 193 países. A atualização foi divulgada nesta terça-feira (06/05/2025), no Rio de Janeiro, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), com base em dados referentes ao ano de 2023.

O novo relatório mostra que o IDH brasileiro chegou a 0,786, um crescimento de 0,77% em relação ao índice de 2022, ajustado este ano para 0,780. A pontuação coloca o país na faixa de desenvolvimento humano alto, mas revela desigualdades internas que ainda comprometem o desempenho geral.

Apesar da melhora na colocação — o Brasil estava em 89º lugar no ranking anterior — o Pnud ressalta que o avanço real foi de três posições, considerando ajustes metodológicos na edição passada, que reposicionaram o país na 86ª colocação. Com isso, o Brasil ultrapassou a Moldávia e igualou-se a Palau.

Desigualdade reduz potencial do índice

Ao considerar as desigualdades sociais, o relatório mostra um recuo importante: o IDH ajustado do Brasil cai para 0,594, rebaixando o país para a categoria de desenvolvimento humano médio e posicionando-o no 105º lugar. O contraste entre os dados brutos e os ajustados evidencia as disparidades que ainda marcam a realidade brasileira.

O relatório também analisa o IDH sob a perspectiva de gênero. Embora as mulheres brasileiras tenham expectativa de vida e escolaridade mais elevadas, o PIB per capita é menor em relação aos homens, o que equilibra os indicadores e resulta em um IDH feminino ligeiramente superior (0,785) ao masculino (0,783).

No recorte ambiental, o IDH do Brasil ajustado pela pegada de carbono é de 0,702, o que melhora o desempenho do país no ranking, colocando-o na 77ª posição mundial nesse critério específico.

América Latina: avanços tímidos e desigualdades

O relatório mostra que a América Latina e o Caribe registraram um avanço médio de 0,64% no IDH entre 2022 e 2023, saltando de 0,778 para 0,783. O Chile lidera a região, ocupando a 45ª posição com índice de 0,878. Outras nove nações latino-americanas integram o grupo de alto desenvolvimento, entre elas Argentina, Uruguai, Costa Rica e Panamá.

Com 74 países classificados nessa categoria mais alta (acima de 0,800), o Brasil permanece fora desse grupo de elite. Outros 49 países compartilham com o Brasil a faixa de desenvolvimento alto (de 0,700 a 0,799), enquanto 43 têm desenvolvimento médio e 26 aparecem com os índices mais baixos.

Islândia assume a liderança global

A Islândia ultrapassou Noruega e Suíça e agora lidera o ranking mundial com um IDH de 0,972. O topo da lista é dominado por países europeus — Alemanha, Dinamarca e Suécia também estão entre os seis primeiros. Na ponta oposta, Sudão do Sul registra o menor IDH global (0,388), seguido por outras nações africanas. O Iêmen, em guerra civil há anos, ocupa a décima pior posição.

A média dos países com IDH muito alto é de 0,914, enquanto a dos países com IDH baixo não passa de 0,515.

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