O bitcoin tocou US$ 81.668 no pior momento desta sexta-feira (21/11), menor nível em sete meses, e registrava queda de 5,87% por volta das 9h05, chegando a US$ 82.100,88. O ether recuava 6,68%, a US$ 2.686,17, atingindo a mínima em quatro meses.

As criptomoedas são vistas como um barômetro do apetite ao risco. A queda recente destaca a fragilidade do mercado, com ações de empresas de inteligência artificial — que vinham em alta — sofrendo perdas e a volatilidade aumentando.

Tony Sycamore, analista da IG, comentou sobre o bitcoin: “Se isso estiver refletindo o sentimento de risco como um todo, as coisas podem começar a ficar muito, muito feias, e essa é a preocupação agora”.

Segundo dados da CoinGecko, cerca de US$ 1,2 trilhão foram perdidos no valor de mercado de todas as criptomoedas nas últimas seis semanas. A trajetória de 2025 incluiu máximas históricas acima de US$ 120.000 em outubro, impulsionadas por mudanças regulatórias favoráveis.

“O mercado parece um pouco desestabilizado, um pouco fragmentado, um pouco quebrado, na verdade, desde que tivemos aquela queda acentuada”, disse Sycamore. Desde então, o bitcoin apagou todos os ganhos acumulados no ano, caindo 12%, enquanto o ether perdeu quase 19%.

Alex Saunders, do Citi, destacou que US$ 80.000 seria um nível importante, próximo da média de reservas de bitcoin em ETFs, indicando atenção dos investidores para possíveis suportes.

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