PIB brasileiro segue concentrado em poucas cidades, aponta IBGE

Portal SBN
Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

PIB brasileiro segue concentrado em poucas cidades, aponta IBGE

Economia - Desigualdade

A produção econômica brasileira segue fortemente concentrada em um grupo reduzido de cidades. Em 2023, apenas 25 municípios responderam por 34,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo a publicação PIB dos Municípios 2022-2023, divulgada nesta sexta-feira, (19/12/2025), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No topo do ranking permanecem São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, que lideram desde o início da série histórica, em 2002. Apesar da manutenção das posições, a participação relativa dessas cidades vem diminuindo ao longo dos anos, conforme explicou o analista do IBGE Luiz Antonio do Nascimento de Sá.

Além das três maiores economias municipais, o levantamento inclui 11 capitais, nove municípios paulistas, quatro fluminenses e um mineiro entre os 25 maiores PIBs. O estudo mostra ainda que 100 municípios concentram 52,9% de toda a riqueza produzida no Brasil, evidenciando o alto grau de concentração econômica.

Em 2023, as capitais, incluindo o Distrito Federal, representaram 28,3% do PIB nacional, enquanto os municípios do interior responderam por 71,7%. O desempenho do setor de serviços contribuiu para ampliar a participação das capitais. São Paulo registrou o maior avanço, com aumento de 0,4 ponto percentual, alcançando 9,7% do PIB brasileiro. Brasília, Porto Alegre e Rio de Janeiro tiveram crescimento de 0,1 ponto percentual cada, enquanto Belo Horizonte manteve participação próxima desse patamar.

Na outra ponta do ranking, a perda de participação esteve associada, principalmente, à extração de petróleo. Das 30 cidades que mais recuaram no PIB, sete tiveram queda ligada a essa atividade, incluindo as cinco primeiras da lista: Maricá, Niterói, Saquarema, Ilhabela e Campos, todas no Rio de Janeiro, com exceção de Ilhabela, em São Paulo. Municípios com base na indústria de transformação também apareceram entre os que mais perderam espaço.

O levantamento mostra ainda que as seis cidades com maior PIB per capita têm a economia fortemente vinculada à extração e ao refino de petróleo. Saquarema liderou o ranking em 2023, com R$ 722,4 mil por habitante. Entre as capitais, Brasília apresentou o maior indicador, com R$ 129,8 mil, valor 2,41 vezes superior à média nacional, que ficou em R$ 53,9 mil.

Já o menor PIB per capita do país foi registrado em Manari, no Pernambuco, com R$ 7.201,70. Quatro dos cinco piores indicadores estavam no Maranhão: Nina Rodrigues, Matões do Norte, Cajapió e São João Batista, todos com valores abaixo de R$ 8,3 mil por habitante.

Portal SBN | Com informações | Notícias ao Minuto Brasil

Últimas da Bahia

Veja Mais +