Após mandar 'abraço carinhoso', Tarcísio diz que Jefferson tem que 'pagar como criminoso'
Em junho, candidato do Republicanos ganhou um evento do PTB em sua homenagem e fez afagos ao dirigenteCandidato do Republicanos ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) mudou a postura em relação ao aliado Roberto Jefferson, presidente afastado do PTB que se entregou à Polícia Federal no domingo após atirar contra os agentes. Em entrevista à Rádio Eldorado e ao jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira, ele afirmou que o dirigente tem que "pagar como um criminoso".
Em junho, Tarcísio foi presenteado pelo partido de Jefferson com uma cerimônia em sua homenagem, num ato que selou o apoio do PTB à sua candidatura. Na ocasião, ele enviou, via o presidente atual da legenda, Kassyo Ramos, um "abraço carinhoso" ao "doutor Roberto Jefferson".
Agora, questionado sobre o uso de armas de fogo e munição restrita de Jefferson contra policiais federais, ele condenou o aliado e repetiu a afirmação do presidente Jair Bolsonaro (PL), quem chamou o petebista de "criminoso".
— Quem ataca a polícia é bandido. Eu entendo que ele tem obviamente que pagar por isso, pagar como um criminoso, responder criminalmente, que acho que extrapolou muito. O que a gente deseja é restabelecer a harmonia na sociedade — declarou Tarcísio.
O ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro (PL) também repudiou o ataque verbal de Jefferson à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), apesar de o ex-chefe ter desferido agressões similares a outros membros da Corte como Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.
— O que aconteceu no caso Roberto Jefferson é absolutamente lamentável sob todas as dimensões. Primeiro pelo ataque a uma ministra do STF. A gente tem que repudiar isso veementemente. Não se pode atacar uma autoridade — afirmou.
Em pelo menos duas ocasiões Bolsonaro se referiu a juízes da Corte com xingamentos e palavras de baixo calão. Chamou Moraes de “canalha” e Barroso, de “filho da puta”.
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