Alunas encontram microplásticos na cerveja, no suco e no leite
As estudantes da Escola São Domingos Ana Luísa, Beatriz e Júlia, coordenadas pelo professor Gustavo Rocha, realizaram a pesquisa inédita no Brasil, a partir da análise de água, cerveja, suco e leite. O resultado será apresentado amanhã (5), às 14h, à Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa
A Comissão de Proteção ao Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado estadual Fabrício Gandini (PSD), vai dar destaque nesta quarta-feira (05/6), às 14 horas, no Plenário Rui Barbosa, a uma pesquisa inédita no Brasil, realizada por três alunas do ensino médio de Vitória, que constataram a presença de microplásticos em bebidas industrializadas consumidas no dia a dia, tais como: água, cerveja, suco e leite.
A iniciativa, que será acompanhada da entrega de um voto de congratulação às estudantes, marca o Dia Mundial do Meio Ambiente.
O microplástico é resultado do lixo descartado de forma errada que acaba chegando até a natureza. Um pedaço que parece irrelevante pode fazer um grande estrago no meio ambiente, principalmente nos seres vivos.
Os animais marinhos são os mais afetados, mas os humanos não escapam dos efeitos negativos da sua presença. Além dos danos físicos, ele tem uma grande capacidade de absorção de compostos tóxicos, como por exemplo os metais pesados.
O grupo de alunas da Escola São Domingos, em Vitória, Ana Luísa Marinato, Beatriz Fava Souza e Júlia Lima, coordenadas pelo professor Gustavo Martins Rocha, realizaram a pesquisa a partir da análise de 10 produtos de diferentes marcas em microscópios. O estudo foi feito nos laboratórios da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) durante um mês.
Resultado: o microplástico apareceu em todos os produtos, em uma média de 75 fragmentos presentes em cada litro dos líquidos, mas o suco foi o tipo mais encontrado.
Uma observação feita pelas estudantes é que a maior porcentagem foi encontrada nas bebidas que não foram embaladas em plástico, mas em papel, os cartonados, o que descarta o indício de ser um problema com a fragmentação das embalagens.
O estudo será apresentado em uma Feira Nacional de Ciências, na Universidade de São Paulo (USP), e também poderá ser levado aos Estados Unidos.
O deputado Gandini, que vai receber as alunas na Assembleia Legislativa, disse que é um orgulho para os capixabas uma pesquisa tão significativa, mas reforça o quanto a preocupação com o meio ambiente é necessária.
“Um estudo como esse, feito por estudantes tão jovens, precisa ser valorizado aqui no nosso Estado. Um dos nossos papéis na Comissão é dar visibilidade a trabalhos como esse, que podem ajudar o futuro do nosso planeta!”, observou.
PORTAL SBN