Trabalhadores são encontrados em condições análogas à escravidão em Nova Venécia ES

Portal SBN
Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

Trabalhadores são encontrados em condições análogas à escravidão em Nova Venécia ES

Entre eles, havia um adolescente de 17 anos. Empresa já tinha sido denunciada pelo mesmo crime no mês passado.
Nova Venécia - Trabalho Escravo

Sete trabalhadores foram resgatados em condições análogas à escravidão em uma obra terceirizada de casas populares do Governo do Estado e da Prefeitura de Nova Venécia, no Noroeste do Espírito Santo. Entre eles, estava um adolescente de 17 anos.

Todos os trabalhadores são de São Mateus e foram contratados com a promessa de trabalhar na obra. Lá, os trabalhadores dormiam em colchões mal conservados no chão e não tinham acesso a água potável.

O caso aconteceu nesta sexta-feira (24/11/2023), no bairro Altoé, quando agentes do Ministério do Trabalho, da Polícia Federal e do Ministério Público receberam uma denúncia anônima e foram até a obra.

Reincidência
 
No mês passado, a mesma empresa responsável pela obra já tinha sido denunciada pelo mesmo crime. Naquela época, oito pessoas estavam em um alojamento sem água potável, sem comida e alguns sem carteira de trabalho assinada.

Após o flagrante, o responsável pela empresa disse que pagava alimentação e limpeza do local, e que havia atrasado apenas um pagamento. Porém, os auditores do do trabalho classificaram a situação como análoga à escravidão.
Os trabalhadores serão levados de volta para São Mateus e terão os direitos garantidos. 

Respostas

O Governo do Espírito Santo informou que a obra das casas populares é executada em convênio com o município. disse, ainda, que a contratação da empresa é realizada por licitação pelo município, sendo competência também da prefeitura municipal, a fiscalização das condições de trabalho.
O investimento do Governo do Estado é de R$ 2,2 milhões com contrapartida do município de R$1,1 milhão. A obra tem previsão de conclusão em dezembro de 2023.

A Prefeitura de Nova Venécia declarou que, até a publicação da reportagem, o município não foi notificado formalmente.

Por meio de nota, a empresa responsável declarou que "está ciente de tudo que foi feito e apenas tem a dizer que essa situação nunca aconteceu e a questão está sendo debatida pelas vias legais" e que "local investigado hoje sequer está em posse da empresa e as pessoas que estiveram lá nos últimos dias, se é que tinha alguém, não possuem vínculo algum com a empresa".

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