Sem saber que estava grávida, mãe faz próprio parto: 'Do nada, tive bebê. Estou chocada'

Portal SBN
Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

Sem saber que estava grávida, mãe faz próprio parto: 'Do nada, tive bebê. Estou chocada'

Brasil - Gravidez Silênciosa

"Dor na barriga, vontade somente de ir ao banheiro e, do nada, pari meu filho em casa! Tu tá acreditando? É, nem eu! Cadê a barriga? Cadê os sintomas? Onde essa criança tava? Tô em choque ainda, gente! Isso daria um filme", escreveu a agora mãe de dois, Evelyn da Silva, de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, na legenda de um post que viralizou nas redes sociais nesta semana.

Sem saber que estava grávida, mãe faz próprio parto: 'Do nada, tive bebê. Estou chocada'O parto totalmente surpresa aconteceu na madrugada do dia 15 de novembro. "Eu realizei meu parto sozinha, dentro da minha casa, no banheiro", afirmou. "Eu fui diagnosticada com endometriose, fiz exames, tomava medicação e não tinha nenhum indício de gravidez. Eu vivia minha vida normalmente e, do nada, tive um bebê", disse.

Felizmente, Gael Valentin nasceu com saúde. Mãe e filho já receberam alta após serem levados ao hospital. Mas a história repercutiu nas redes sociais. "Tô em choque", escreveu uma pessoa. Muitas mulheres disseram ter vivido experiências semelhantes, mas outras pessoas duvidaram da história. "Ai, gente! Não dá para acreditar não", afirmou mais uma.

À CRESCER, Evelyn, formada em técnica de enfermagem, contou que, no dia do parto, estava em casa com a mãe, que tem deficiência visual, e a filha, Valentina, de 7 anos. "Eu comecei a sentir dores às 2 horas da manhã. Tive cólica e vontade de ir ao banheiro. Era uma dor como se eu estivesse com gases. Tomei remédio, mas depois comecei a me sentir mal. Chamei minha mãe e voltei ao banheiro para tentar fazer cocô, achando que realmente eram gases. Mas quando fiz força, coloquei a mão e senti sangue descendo e cabelos. Quando olhei, saiu a cabeça e ele já começou a chorar — foi quando percebi que era um bebê", lembra.

"Então, terminei de fazer o meu parto — puxei ele, virei com todo cuidado, mas com desespero, pois estava assustada. Acho que Deus me deu forças para eu continuar", conta. "Assim que ele nasceu, minha mãe me deu o celular para eu pedir ajuda para ir ao hospital. Ele nasceu às 3h43, meus amigos chegaram às 4 horas e a ambulância demorou 1h40 — eu ainda estava em choque, no banheiro, com meu bebê nos braços", conta.

Sem saber que estava grávida, mãe faz próprio parto: 'Do nada, tive bebê. Estou chocada'"Lembro que, durante o parto, eu fiquei muito nervosa, com medo de a minha mãe passar mal. Ela ficou em choque e só chorava. Minha filha também estava chorando muito e, ao mesmo, tentando me ajudar. Meus amigos, quando chegaram, ficaram em estado de choque! Afinal, eu estava vivendo normalmente — não tinha barriga, não tive sintomas, nada! Eu fazia tratamento para endometriose, então, jamais passou pela minha cabeça que poderia estar parindo um bebê", explica.

Já dentro da ambulância do SAMU, Evenlyn conta que os médicos fizeram uma toquinha e meias com gaze e esparadrapo para Gael não passar frio. "Enrolamos ele numa manta que levei de casa e, chegando ao hospital, conseguiram uma roupinha nova para o meu bebê. Minhas amigas também começaram a passar mensagem umas para a outras e, em menos de 24 horas, meu filho já estava com enxoval completo, todo doado por outras pessoas", disse.
Gael chegou pesando 3,250 kg e 40 centímetros. Segundo os médicos, provavelmente, ele nasceu com 35 semanas de gestação. "Ele foi examinado no hospital e todos os médicos vieram desacreditados por eu não ter feito pré-natal, nenhum exame, mas Gael chegou perfeito", diz, aliviada. "Eu realmente não enjoei, não tive mudanças físicas no corpo, não senti o bebê mexendo de forma alguma, continuei fazendo tudo o que sempre fiz — saindo, dançando, curtindo... Fiz até mudança de casa e peguei peso! Eu não sentia nada! Absolutamente nada", finalizou.
 

Gravidez surpresa
 
Segundo os médicos, a menstruação irregular é uma das principais características que pode dificultar a identificação de uma gravidez. Além disso, quando a mulher "nega psicologicamente" a possibilidade de uma gestação, ela pode acabar atribuindo os sinais a outros fatores. Nesses casos, é importante que a mãe receba acompanhamento psicológico após o parto para lidar com tantas informações que chegam ao mesmo tempo.

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