De acordo com a investigação, os funcionários do Centro de Detenção Provisória da Serra teriam induzido e pressionado os detentos a votarem nos candidatos de sua preferência. Os nomes dos candidatos não foram informados pela PF.

"O objetivo das ações de hoje, além do cumprimento das ordens judiciais, é obter outros elementos de prova para a conclusão da investigação. A situação se mostra extremamente grave, pois o fato é que o interno está em situação de vulnerabilidade diante do sistema prisional, uma vez que sua vida está sob a proteção e controle do Estado, no caso, dos servidores", informou a PF.

Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça Eleitoral da Serra e o número de servidores investigados pode aumentar, de acordo com a PF.

A Justiça também determinou que os investigados não mantenham contato entre si e nem com os detentos que confirmaram as denúncias iniciais e os mesários que atuaram nas eleições.

Os cinco servidores da Sejus podem responder pelo crime de coação eleitoral, previsto no artigo 301 do Código Eleitoral. A pena pode chegar a quatro anos de prisão e multa.

A Sejus informou que vem colaborando com as investigações da Polícia Judiciária da União e vai instaurar procedimento administrativo disciplinar no âmbito da corregedoria do órgão. Disse ainda que "não compactua com irregularidades e está ao inteiro dispor para auxiliar as forças policiais no cumprimento de suas missões institucionais".

FONTE: G1 ES