Novo espetáculo do Grupo Teatral Caparaó provoca o público a refletir sobre temas considerados tabus
Após realizar uma turnê pelo Espírito Santo com o espetáculo “A Sós”, em 2023, passando por 11 municípios e contabilizando 15 apresentações gratuitas, com um público estimado em mais de três mil pessoas, o Grupo Teatral Caparaó volta aos palcos neste sábado (24/2), no Teatro Fernando Torres, em Guaçuí, para estrear sua mais nova produção, intitulada “Carne Viva”.
Com dramaturgia de Danyel Sueth e direção de Ribamar Ribeiro, “Carne Viva” é um espetáculo contemporâneo com recorte atemporal, que provoca o público a refletir sobre temas ainda considerados tabus. Em cena, Tom e Helen – interpretados, respectivamente, por Sueth e Eliane Correia – trazem à tona a vivência do casal. Essa intensa conexão adentra o universo de relações que, de tão extremas, implodem a vida dando a ela caminhos imprevisíveis e incontroláveis.
Em seus 13 anos de trajetória, esta é a primeira vez em que o Grupo Teatral Caparaó convida um diretor externo para a montagem de um espetáculo. Ribamar Ribeiro é ator, diretor, dramaturgo e professor de artes visuais, já escreveu e dirigiu mais de 50 peças teatrais. Com sua vasta experiência, contribui para a construção de mais um trabalho autoral do grupo.
Ribamar Ribeiro afirma que trabalhar com grupos e companhias é sempre um prazer e, para ele, o encontro com o Grupo Teatral Caparaó foi incrível. “Levar a minha proposta como diretor para artistas de outras regiões sempre é um lindo desafio. Nesse sentido, temos as trocas de experiências e vivências. E foi assim que aconteceu com a montagem desse novo trabalho. ‘Carne Viva’ é extremamente intenso, contemporâneo e antenado com as discussões das novas relações entre as pessoas”, ressalta, acrescentando que o público vai se deparar com um espetáculo “de fôlego único”, que se propõe a pensar as relações por meio das ações e dos corpos dos atores em cena.
“Carne Viva” nasceu de uma residência teatral realizada com recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura), da Secretaria da Cultura (Secult). “É uma experiência inédita na trajetória do grupo. Convidar um diretor de fora, a partir de uma residência, com outra identidade e estilo tem sido um grande desafio. Pesquisamos através dos anos uma dramaturgia autoral, que explora diferentes estilos, ao mesmo tempo buscando uma unicidade de composição de escrita”, afirma Danyel Sueth.
A estreia do espetáculo contará ainda com um bate-papo envolvendo o público, os intérpretes, o diretor Ribamar Ribeiro e a psicóloga Roberta Oliveira, em torno das temáticas abordadas por “Carne Viva”.
