Neblina ou fumaça? Entenda a diferença e saiba como se proteger

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Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

Neblina ou fumaça? Entenda a diferença e saiba como se proteger

Brasil - Alerta

Os céus de várias regiões do Brasil foram dominados por uma névoa densa que, à primeira vista, pode ser confundida com neblina típica das manhãs frias. No entanto, a origem desse fenômeno não está nas baixas temperaturas, mas nas queimadas que assolam a Amazônia e outras partes do país. Esse cenário tende a se agravar, com possibilidade da fumaça chegar até mesmo na Argentina e no Uruguai nos próximos dias, conforme alertam meteorologistas.

Os estados do Amazonas, Pará e Mato Grosso, além de parte da Bolívia, registaram o maior número de focos de incêndio em 19 anos. A nuvem de fumaça já cobre cerca de 50% do território brasileiro — o que representa quase 5 milhões de quilômetros quadrados.

Essa massa de ar carregada de fuligem e partículas de poluição, arrastada por ventos do norte e nordeste, segue em direção à região sul do Brasil e deve alcançar, até o final da semana, capitais como Buenos Aires, na Argentina, e Montevidéu, no Uruguai.

O fenômeno pode se assemelhar à neblina, ainda mais em regiões onde frentes frias são comuns, mas diferem em dois aspectos: persistência e densidade. A neblina tradicional é formada pela condensação de vapor de água, que cria uma camada fina de gotículas no ar.

Já a fumaça das queimadas é composta por partículas finas de material queimado, que podem flutuar no ar por dias, a depender das condições meteorológicas. Enquanto a neblina se dissipa ao longo da manhã, a fumaça continua no ar, agrava problemas respiratórios, como asma e bronquite.
 

Mas como as fumaças do Brasil serão levadas para outros países?
 
As correntes de vento que normalmente transportam umidade do Atlântico para o interior do continente agora carregam partículas de fumaça. Essas correntes passam pela Amazônia e seguem em direção ao sul, onde encontram frentes frias, o que intensifica a presença da fumaça em estados como Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
 
Meteorologistas preveem que a fumaça possa atingir as capitais Buenos Aires e Montevidéu, principalmente se a situação de seca e calor extremo persistir. Além dos transtornos causados pela fumaça, como problemas respiratórios e a diminuição da visibilidade, as queimadas causam graves problemas no meio ambiente.

Mediante aos incêndios, a Amazônia tem sua capacidade de absorver carbono reduzida — situação que impacta diretamente o agravamento do efeito estufa. Nas últimas semanas, a fuligem presente na atmosfera prejudicou a qualidade do ar em diversas regiões. Fotos e vídeos de cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Uberaba (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Porto Velho (RO), viralizaram nas redes sociais.
 

Saiba como se proteger
 
O tempo seco também é um predisposto para doenças do sistema respiratório, como rinite e sinusite, por exemplo. Quando o ar está muito seco, ele acaba desidratando a mucosa respiratória e diminui os cílios de proteção presente no nariz. Favorecendo alergias e entrada de bactérias, o que pode levar a essas doenças.

No que concerne à gravidade da pouca umidade no ar, entre 20 e 30% é considerado estado de atenção. Quando a umidade do ar se encontra entre 20 e 12% já é considerado estado de alerta. Logo, abaixo de 12% de umidade no ar considera-se estado de emergência.

Além da hidratação e de uma boa alimentação, especialistas também recomendam outros tipos de cuidados, como:
 

- Ambientes fechados devem ser arejados regularmente. Uma alternativa é usar vaporizadores assim como recipientes com água em ambientes mais secos.

- Consumir bastante líquido, em especial água.

- Evitar a prática de exercícios físicos entre 10 e 16 horas.

- Lave tapetes e cortinas com frequências. Aspire e limpe todos os locais que possam acumular poeira.

- Lave a suas roupas de inverno antes de vesti-las. Como ficam muito tempo guardadas no armário, elas tendem a ser contaminadas por fungos e mofo.

- Colocar uma bacia de água no ambiente para ajudar a evitar o ressecamento da mucosa respiratória, além de aliviar desconfortos em crises alérgicas já manifestadas.

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