Motorista morre em Vila Velha após ser atingido por airbag com falha
Uma falha em um airbag foi apontada como fator crítico para a morte de um motorista de um carro de passeio que se envolveu em um acidente com um ônibus Transcol, em Vila Velha, na Grande Vitória, no dia 27 de abril de 2024. A informação foi divulgada pela Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES) nesta quarta-feira (25/9).
O acidente aconteceu no cruzamento das avenidas Carioca e Luciano das Neves, no bairro Divino Espírito Santo. Conforme o laudo da perícia, o motorista do Honda Civic avançou o sinal vermelho e colidiu com o ônibus, que tinha preferência.
Quase cinco meses depois, entretanto, a Polícia Científica apresentou que o exame pericial no local do acidente revelou falhas no sistema de airbag.
"O pavimento estava molhado devido à chuva, complicando ainda mais as condições de tráfego. Entretanto, a falha no airbag do Honda Civic, fabricado pela Takata, foi identificada como o fator crítico. Durante a expansão, o insuflador do airbag colapsou, lançando fragmentos metálicos que causaram ferimentos fatais ao motorista", disse a polícia.
Ainda segundo a corporação, este tipo de defeito tem sido alvo de recalls em todo o mundo, incluindo milhões de veículos nos Estados Unidos, conforme relatado por fontes como o órgão nacional de Segurança Rodoviária norte-americano (National Highway Traffic Safety Administration).
Em agosto de 2024, o programa Fantástico, da TV Globo, fez uma reportagem apontando que sete pessoas já morreram no Brasil por conta da explosão do airbag. A estimativa é que quase 2,5 milhões de carros estejam circulando no país com airbags defeituosos.
De acordo com a reportagem, a Takata utilizava um composto químico chamado nitrato de amônio, que, ao longo dos anos e em contato com calor e umidade, o composto se torna altamente explosivo, além de poder corroer partes metálicas do equipamento. No momento em que o airbag infla, são projetadas partes do equipamento para a parte interna do carro.
Diante desse cenário, a PCIES alertou para a necessidade de manter a manutenção veicular em dia e de atender aos recalls emitidos pelos fabricantes, assim como verificar a existência de recall ao comprar um carro usado.
“A segurança no trânsito não depende apenas da habilidade dos motoristas, mas também da integridade dos sistemas de segurança dos veículos” concluiu a corporação.
O g1 procurou a Honda para comentar sobre o fato, uma vez que o veículo envolvido no acidente é da marca, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
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PORTAL SBN