Mais de 360 escolas estaduais do Espírito Santo passarão a receber alimentos frescos produzidos por agricultores locais, graças a um novo investimento do Governo do Estado. O valor de R$ 34,4 milhões será destinado à compra de gêneros alimentícios da agricultura familiar para a merenda escolar, conforme previsto na Chamada Pública nº 002/2024, assinada em cerimônia no Palácio Anchieta, na terça-feira (20/05/2025).

A medida, conduzida pela Secretaria de Estado da Educação (Sedu), abrange unidades de ensino em Tempo Parcial, Tempo Integral e Tempo Integral II e alcança os 78 municípios capixabas. Serão 60 tipos de alimentos selecionados, incluindo hortifrutigranjeiros, estocáveis, refrigerados e congelados, com início das entregas previsto para a segunda-feira (26/05/2025).

Entre os itens ofertados estão feijão, fubá, farinha de mandioca, iogurtes com polpa de frutas, tilápia, ovos, queijos, biscoitos, legumes, frutas e verduras, todos fornecidos por produtores familiares. Os contratos terão validade de 18 meses, com pagamento feito via nota fiscal, por meio de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

A iniciativa segue os critérios do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que exige a destinação de ao menos 30% dos recursos federais à agricultura familiar. A legislação também prioriza comunidades quilombolas, indígenas, assentamentos da reforma agrária e determina que pelo menos metade das compras seja feita de mulheres agricultoras.

O governador Renato Casagrande destacou que o programa une responsabilidade social e compromisso ambiental:
“Só produziremos bem se respeitarmos o meio ambiente. No Espírito Santo, reduzimos o desmatamento em 62%. A agricultura familiar é fundamental nesse processo”.

O secretário de Educação, Vitor de Angelo, ressaltou que o investimento representa um salto histórico:
“Trata-se de um valor três vezes maior que o registrado em 2022. Isso demonstra nosso esforço contínuo em fortalecer a educação e os pequenos produtores do Espírito Santo.”

Já o secretário da Agricultura, Enio Bergoli, reforçou o papel de articulação entre os órgãos estaduais:
“Nosso trabalho foi garantir que os produtores tivessem apoio técnico e acesso ao processo. Fortalecer o campo é também investir na saúde dos nossos alunos.”

A execução dos contratos será acompanhada pela Subgerência de Alimentação Escolar da Sedu, em conjunto com as áreas de apoio escolar e suporte educacional da Secretaria.

Além de movimentar a economia local, o projeto garante alimentos mais saudáveis e fortalece o vínculo entre escola e território. Uma política pública que nutre, valoriza e transforma.

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