A quarta-feira foi especial para quem vive do café em Jaguaré. Produtores rurais e autoridades se reuniram para marcar o início oficial da colheita do café conilon — uma das principais riquezas que brotam do solo capixaba. O evento aconteceu na Fazenda Água Limpa, no distrito de Estivado, e deu o tom de otimismo para o que promete ser uma das maiores safras da história.

O governador em exercício, Ricardo Ferraço, destacou a importância do momento: “É uma celebração justa, porque o café está gerando renda e oportunidades como nunca. Isso é fruto da dedicação de quem planta, pesquisa, apoia, investe e acredita no campo capixaba. Temos qualidade, temos volume e, agora, temos tecnologia para levar o nosso café aos quatro cantos do mundo”, disse ele, lembrando que uma das fábricas mais modernas de café solúvel do planeta já está operando com grãos produzidos no Espírito Santo.

A expectativa é de mais de 13 milhões de sacas colhidas, um aumento de 33,1% em relação ao ano passado. A produtividade também impressiona: 50,7 sacas por hectare, segundo a Conab. Atualmente, o Espírito Santo cultiva mais de 258 mil hectares com café conilon e lidera as exportações brasileiras do grão. Só em 2024, o Estado foi responsável por 76% de todo o café conilon exportado pelo país.

Para o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos, esse reconhecimento precisa ir além do discurso. “A lei que instituiu o início da colheita nasceu na Assembleia, ainda quando o deputado Ataíde Armani estava comigo lá. Hoje ela tem eficácia. Valorizar o café é valorizar quem está na ponta, seja no grande produtor ou na agricultura familiar. É dar visibilidade a quem faz a diferença”, afirmou.

Ao longo do dia, produtores acompanharam demonstrações de tecnologias de ponta voltadas para a colheita e o manejo sustentável. Mais do que celebrar uma safra promissora, o evento reforçou um sentimento comum entre quem vive da cafeicultura: o de que investir em inovação, sem perder as raízes, é o caminho para um futuro mais próspero no campo.

Portal SBN