Criança de 2 anos reclama de dores e mãe descobre que filha foi estuprada
Uma menina de 2 anos foi vítima de violência sexual, em Viana, na Região Metropolitana do Espírito Santo, neste domingo (26/1). A mãe da criança, de 27 anos, foi dar banho na filha após ela voltar da casa do pai, que tem 30 anos, e percebeu que havia sangue nas partes íntimas da menina. A mulher buscou atendimento médico e o abuso foi confirmado.
Os nomes dos envolvidos e o bairro de residência não estão sendo divulgados para preservar a identidade da criança, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (Ecriad).
Segundo a Polícia Militar, a mãe da criança relatou que a filha passou o dia na casa do pai. Por volta das 18h30, a filha foi trazida em casa pelo homem. As duas foram à igreja e, na volta, na hora do banho, a menina se queixava de dores e a mulher percebeu que havia sangue nas partes íntimas da criança.
A mãe informou aos policiais que, neste momento, foi imediatamente com a filha ao Pronto Atendimento de Alto Lage, em Cariacica, na cidade vizinha. No local, os médicos confirmaram que a criança estava chorosa e com dores.
Após a realização de exames, foi constatada que a criança foi vítima de violência sexual. Também foram solicitados testes rápidos para possíveis doenças sexualmente transmissíveis e exames para checar a presença de espermatozoides no material coletado.
A assistente social do PA informou o fato para o Conselho Tutelar, e a polícia foi acionada. Na Delegacia de Cariacica foi feito um pedido de medida protetiva de urgência para a criança contra o pai.
Em entrevista, a mãe da criança contou que o pai sempre está acompanhado de muitos amigos em sua casa. Eles vivem separados.
"De fato eu não sei o que realmente pode ter acontecido. [...] O pai dela sempre anda muito acompanhado, eu não posso dizer nem afirmar que realmente foi o pai ou alguém que estaria junto com ele. Eu não tenho certeza. Geralmente, ele tá com muitas pessoa, bebendo, muitos amigos, tem uns que eu não conheço, não tenho intimidade, e hoje em dia a gente não pode confiar em ninguém", contou a mulher.
A mãe disse que quer que a pessoa que violentou a filha pague pelo que fez.
"Eu tô sem chão. Eu quero que quem fez isso pague, porque é uma criança, ela não tem não noção de nada e nem entendimento de nada", falou.
O g1 conversou com um conselheiro tutelar que explicou que, neste caso, a mãe fez todos os trâmites indicados, ao procurar atendimento médico e também ir à delegacia.
O pronto atendimento costuma fazer um relatório para que o Conselho Tutelar de atuação do território da família atenda mãe e filha e acione uma rede de proteção, com equipe psicossocial para atendimento da criança.
Além disso, quando finalizado, o conselho também recebe o laudo da polícia, para avaliar se alguma outra medida precisa ser tomada.
A Polícia Civil informou que as diligências iniciais e medidas legais foram adotadas na Delegacia Regional de Cariacica, sendo entregue o encaminhamento ao Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Científica (PCIES), em Vitória, para realizar os exames necessários.
O caso seguirá sob investigação da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e, por envolver menor de idade, segue sob sigilo.
O g1 não conseguiu contato com o pai da criança.
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