Campanha de Bolsonaro será 'cara', diz Valdemar Costa Neto: R$ 17 mil só por hora de combustível de avião

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Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

Campanha de Bolsonaro será 'cara', diz Valdemar Costa Neto: R$ 17 mil só por hora de combustível de avião

Política - Eleições 2022

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou nesta quarta-feira (6) que a campanha de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição será "cara" e disse que só com combustível para avião serão gastos R$ 17 mil por hora.

No fim do ano passado, Bolsonaro se filiou ao PL, partido do chamado "Centrão", pelo qual deve disputar a reeleição para a Presidência da República.

Diferentemente das eleições de 2018, quando Bolsonaro declarou ter gastado R$ 2,8 milhões, neste ano, as despesas com eventos de campanha devem superar essa quantia.

"Cara [a campanha para presidente]. Parece que são R$ 17 mil por hora só com combustível. Ele vai ter que usar avião todo dia. Nós temos que dar preferência para ele. Agora, nós temos que ter doação, nós temos que partir em cima disso", afirmou Costa Neto nesta quarta em Brasília após um encontro em Brasília com pré-candidatos do partido em Santa Catarina.

Desde 2015, após uma decisão do Supremo Tribunal Federal, doações de empresas para campanhas eleitorais estão proibidas. Com isso, as campanhas devem ser custeadas com verba do fundo eleitoral, recursos próprios e com doações de pessoas físicas, observados os limites previstos em lei.

De acordo com o presidente do PL, o partido vai ter que arrecadar para custear as campanhas das eleições de outubro, quando, além do presidente da República, serão definidos novos deputados estaduais e federais, 27 senadores e governadores.

"Vamos ter que arrecadar", disse. "Porque, senão, nós não conseguimos sobreviver. Não é só nós, tem muito partido prejudicado também. Esse negócio de não ter coligação também atrapalhou muito. Os partidos ficaram com dificuldade. Cada um tem que ter vida própria, mas nós vamos vencer isso daí. Vencemos já no passado. Conseguimos chegar a 43 deputados antes da entrada do Bolsonaro. Vamos ter sucesso", acrescentou.

Levantamento do g1 mostra que, após a janela partidária, o PL foi o partido que mais recebeu parlamentares, filiando 33 deputados federais, chegando a 75 integrantes na Câmara, a maior bancada da Casa. Antes da janela, eram 42 deputados na sigla.

No Senado, atualmente, a bancada do partido do presidente conta com nove congressistas.

Nesta quarta, o PL lançou as candidaturas do senador Jorginho Mello (PL-SC) para o governo de Santa Catarina; e de Jorge Seif, ex-secretário de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, ao Senado pelo estado.

Valdemar Costa Neto disse também que, durante a campanha, será "complicado" colocar Bolsonaro para pedir votos para deputados federais do PL. Isso porque, segundo afirmou, essa atitude pode incomodar outras legendas aliadas ao pré-candidato à reeleição.

"Pedir voto para o partido é que complicado. E nós vamos bater nessa tecla nos estados. É Bolsonaro? Não tem candidato a federal? Vota 22 e confirma. Não tem candidato a deputado estadual? Vota 22 e confirma. Agora, ele fazer isso mata os partidos da coligação. E eu acho que a nossa coligação ainda aumenta. Acho que vem mais gente. Tem muito tempo para isso. Nós não tínhamos o tempo agora, que era o prazo da janela, agora é julho. Temos tempo", disse.

Pesquisa Datafolha divulgada no fim de março apontou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 43% das intenções de votos dos entrevistados no primeiro turno; Bolsonaro aparece em segundo, com 26%.

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