Bolsonaro é indiciado pelos supostos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro evitou, neste sábado, 6, comentar o indiciamento pela Polícia Federal de seu marido, Jair Bolsonaro (PL), e outros 11 aliados no caso das joias sauditas. Ao ser questionada pelo Estadão após o fim da CPAC Brasil, respondeu: "Que joias? Você tem que perguntar para quem ficou com as joias. Eu não sei de nada", disse ela.
O ex-presidente também foi questionado e preferiu desconversar: "Indiciamento da PF? Eu falo ao vivo com a TV Globo", respondeu Bolsonaro. Ele discursou duas vezes ao longo do dia, mas evitou o assunto, dizendo apenas que a imprensa não iria desgastá-lo. Nas falas, ex-chefe do Executivo se limitou a dizer que está disponível para uma sabatina de duas horas na televisão para responder sobre qualquer assunto. No segundo pronunciamento afirmou que, apesar de ser alvo da PF, "não vai recuar".
A PF indiciou Bolsonaro na quinta-feira, 4 de julho de 2024, pelos supostos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro no caso das joias sauditas. O relatório foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que agora pedirá à Procuradoria-Geral da República (PGR) para se manifestar sobre as conclusões da PF. Caberá à PGR decidir se apresenta uma denúncia contra Bolsonaro e outros 11 aliados também indiciados.
Segundo o relatório policial, o ex-presidente e seus correligionários "atuaram para desviar presentes de alto valor recebidos em razão do cargo pelo ex-presidente para posteriormente serem vendidos no exterior".