Bolsonaro admitiu que foi a Maçonaria, mas, desde então, não voltou. Afirmou ainda que não tem nada contra maçons.
Material pode ser delicado para a campanha, porque apoiadores evangélicos de Bolsonaro já criticaram os maçons.O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta quarta-feira (05/10/2022) o que chamou de "estardalhaço" que a esquerda faz com a ida dela a uma loja maçônica em 2017.
Um vídeo com a visita de Bolsonaro ao local começou a circular na terça (04/10/2022) e mostra um discurso do presidente entre os maçons.
Um suposto vínculo entre Bolsonaro e a maçonaria poderia ser visto como um ponto fraco na campanha, já que influentes lideranças evangélicas, que apoiam o presidente, já criticaram maçons.
No vídeo de 2017, Bolsonaro faz uma fala de teor político e diz não ter intenção de concorrer ao cargo de chefe do Executivo. "Não estou candidato a nada", afirmou ele na ocasião.
Agora que a visita à loja maçônica passou a ser tema de campanha, o presidente admitiu que foi ao local, mas, desde então, não voltou. Afirmou ainda que não tem nada contra maçons.
"Pessoal me criticando porque fui a uma loja maçônica em 2017. Fui sim, fui em loja maçônica, acho que foi a única vez que eu fui numa loja maçônica. Eu era candidato a presidente, pouca gente sabia, e um colega falou: ‘Vamos lá’, e eu fui. Acho que foi aqui em Brasília,.Fui muito bem recebido. Me trataram bem. E eu sou presidente de todos e ponto final. Fui de novo? Não fui. Agora, sou presidente de todos. Isso agora a esquerda faz estardalhaço. O que tenho contra maçom? Tenho nada. Se tiver alguma coisa, a gente vê como proceder. Quero apoio de todos aqui do Brasil", disse o presidente em live.
O vídeo de Bolsonaro passou a circular dois dias depois de definido o segundo turno das eleições presidenciais. Bolsonaro, que teve 43% dos votos válidos no primeiro turno, vai disputar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve 48%.
A religião e a busca por votos de evangélicos e católicos têm sido uma tônica da campanha, e o segundo turno começou com simpatizantes dos dois lados explorando o tema.
Ao mesmo tempo em que circulou o vídeo de Bolsonaro na loja maçônica, caiu nas redes um material associando Lula a um homem identificado como Vicky Vanilla, que seria satanista.
Em nota, o PT afirma que não há relação entre o homem e o ex-presidente. "Quem espalha isso é desonesto e abusa da boa-fé das pessoas", diz o comunicado. O partido acusa grupos bolsonaristas no Telegram e WhatsApp de compartilharem a mentira.
Já Vicky Vanilla divulgou um vídeo nesta terça em que afirma ter recebido ameaças e desmentindo o boato.
"Esse pronunciamento faz parte de uma live que fiz e está sendo usado fora de contexto", diz. "O vídeo está sendo espalhado como uma fake news a meu respeito e a respeito do candidato Lula, que não tem qualquer ligação com a nossa casa espiritual."
PORTAL SBN