Bolsonarista que montou explosivo em Brasília é transferido para o Complexo da Papuda
George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, foi preso no sábado (24), com arsenal em apartamento. Ele confessou crime, disse que plano foi feito em ato no quartel-general do Exército e que objetivo era chegar à decretação de estado de sítio no país.O bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, preso após confessar ter armado um artefato explosivo perto do Aeroporto de Brasília, foi transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda, no domingo (15/12).
A informação foi confirmada pelo diretor-geral da Polícia Civil do DF (PCDF), Robson Candido, à repórter Raquel Porto Alegre, da GloboNews, e pela Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seape-DF). Segundo a pasta, ele está no Centro de Detenção Provisória II (CDP II).
Desde sábado (24), quando foi detido, ele estava na carceragem da Polícia Civil do DF (PCDF). George Washington foi autuado em flagrante por terrorismo, e também por posse e porte ilegal de armas de fogo de uso permitido e de uso restrito. Com ele, a polícia encontrou um arsenal de armamento pesado.
Em depoimento aos policiais, o homem disse que o ato foi planejado por integrantes de atos em favor do presidente Jair Bolsonaro (PL), que ocorrem no quartel-general do Exército, em Brasília.
Afirmou ainda que a instalação da bomba tinha o objetivo de "dar início ao caos" e que pretendia alcançar a decretação de estado de sítio no país – quando há restrição de direitos e à atuação de Legislativo e Judiciário.
Na manhã deste domingo, a Justiça do Distrito Federal converteu em preventiva a prisão em flagrante do homem, após audiência de custódia. Com a decisão, ele ficará preso por tempo indeterminado. Até a última atualização desta reportagem, a defesa do bolsonarista não tinha se manifestado.
A Polícia Civil apura quem são os outros participantes do crime, e diz que já identificou pelo menos um deles. O ministro da Justiça, Anderson Torres, disse que acionou a Polícia Federal para participar da investigação. Já o futuro ministro da Justiça do governo Lula, Flávio Dino, disse que "não há pacto político possível e nem haverá anistia para terroristas, seus apoiadores e financiadores".