Alimentação equilibrada pode retardar efeitos do Alzheimer segundo nova pesquisa

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Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

Alimentação equilibrada pode retardar efeitos do Alzheimer segundo nova pesquisa

Saúde - Alzheimer

Um estudo, publicado na revista Neurology, sugere que a alimentação baseada em vegetais de folhas verdes, frutas, grãos integrais, azeite de oliva, feijões, nozes e peixes pode estar associada a menores níveis de proteínas cerebrais ligadas à doença de Alzheimer. Os pesquisadores analisaram os efeitos das dietas MIND e mediterrânea e observaram uma relação entre uma alimentação saudável e a redução de placas e emaranhados de Alzheimer no cérebro.

Embora ambas as dietas sejam similares, a dieta mediterrânea enfatiza o consumo de vegetais, frutas e pelo menos três porções de peixe por semana. Já a dieta MIND prioriza vegetais de folhas verdes, como espinafre e couve, e dá destaque às frutas vermelhas, recomendando pelo menos uma porção de peixe semanalmente. Ambas permitem pequenas quantidades de vinho.

De acordo com a Dra. Puja Agarwal, da RUSH University em Chicago, “uma simples melhoria na dieta, como consumir mais vegetais de folhas verdes ou evitar frituras, pode estar associada a uma redução significativa nas proteínas do Alzheimer”.

O estudo apontou que aqueles que seguiram a dieta MIND rigorosamente apresentaram níveis de placas amiloides equivalentes aos de pessoas cerca de 12 anos mais jovens. No caso da dieta mediterrânea, essa diferença foi ainda maior, chegando a 18 anos.

Metodologia da pesquisa

O estudo envolveu 581 participantes, com idade média de 84 anos, que concordaram em doar seus cérebros para pesquisa sobre demência. Durante sua vida, eles preencheram questionários sobre seus hábitos alimentares. Ao falecer, suas autópsias cerebrais revelaram que 66% dos participantes preenchiam os critérios para Alzheimer.

Os pesquisadores atribuíram pontuações conforme a adesão às dietas estudadas. Na dieta Mediterrânea, os participantes recebiam pontos ao consumirem cereais integrais, frutas, vegetais, azeite de oliva, peixe e batatas. O consumo de carne vermelha, aves e laticínios integrais resultava em pontuações mais baixas.

Já na dieta MIND, os participantes eram avaliados em 15 categorias, com pontos positivos para o consumo de vegetais de folhas verdes, frutas vermelhas, feijões, grãos integrais, peixes, aves, azeite de oliva e vinho.

Alimentação saudável e envelhecimento cognitivo

Ainda que a pesquisa não comprove uma relação de causa e efeito, os resultados reforçam a importância de hábitos alimentares saudáveis para a saúde cerebral. Pequenas mudanças, como aumentar o consumo de vegetais e reduzir frituras, podem fazer diferença na prevenção de doenças neurodegenerativas.

O estudo sugere que uma dieta equilibrada pode ser um fator fundamental para retardar o declínio cognitivo e melhorar a qualidade de vida com o avanço da idade.

Portal SBN | Com informações | Catraca Livre

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