Setembro verde: alunos da EMEF Altair siqueira participam de roda de conversa com deficiente visual
A analista de qualidade Samela Christo falou sobre sua adaptação depois que ficou cega aos 13 anos e o seu convívio com o cão-guia AlamOs alunos do terceiro e quarto anos da Emef Altair Siqueira Costa, em Jardim Limoeiro, tiveram uma roda de conversa com a analista de qualidade e deficiente visual Samela Christo. Ela estava acompanhada de seu cão-guia, o labrador Alam.
O encontro, que aconteceu na tarde da última terça-feira (19), faz parte da programação da escola para o Setembro Verde, mês dedicado à reflexão sobre a inclusão da pessoa com deficiência.
Samela contou para os alunos que ficou cega aos 13 anos por causa de uma doença que causou descolamento da retina.
A escola teve um papel fundamental para que ela seguisse em frente e não desistisse de seus sonhos, mesmo sem conseguir enxergar.
“No início a adaptação foi difícil. Eu fiquei revoltada porque estava na adolescência. Não queria parar de estudar e completei o ensino fundamental e o médio. Hoje, faço faculdade de análise de sistemas”, relatou.
Ela recomendou que os meninos e meninas nunca deixem de auxiliar uns aos outros em sala de aula, seja pessoa com deficiência ou não. “Sempre ofereça ajuda para seu colega se ele tiver dificuldade porque isso foi muito importante para mim”, reforçou.
Os estudantes ficaram curiosos a respeito do cachorro Alam, que está com sete anos. Samela explicou que o cão-guia é treinado para que ela, ao caminhar na rua, desvie de obstáculos.
“Sou eu que tenho que saber, por exemplo, onde fica a padaria, onde quero ir. Para chegar até lá, vou coordenando pela coleira, dando sinais a ele se deve ir para a direita, esquerda ou parar”, descreveu.
A criançada pôde interagir e brincar com Alam depois da roda de conversa.
Para o diretor da Emef Altair Siqueira Costa, Ronaldo Emerick, o encontro contribuiu para que os alunos se sensibilizassem em relação à convivência com pessoas com deficiência.
“A história de Samela deixou uma forte impressão neles de que pessoas com deficiência podem ocupar espaços e lutar pelos seus sonhos. O que elas precisam é que sejam acolhidas com suas limitações e sejam respeitadas. Nossa escola é polo de atendimento ao público-alvo da Educação Especial, com mais de 40 estudantes com as mais diversas especificidades como autistas, com Down, baixa visão. Com essa consciência despertada, o ambiente fica mais inclusivo”, reforçou.
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